Centenas de balsas de dragagem atracaram neste trecho do rio Madeira, após boatos de que teria sido encontrado ouro na região. As embarcações estão próximas à cidade de Autazes,
que fica a cerca de 100 km de Manaus.
Segundo o Greenpeace, os garimpeiros exploram ouro de maneira ilegal, e as autoridades responsáveis ainda não tomaram providências. O garimpo ilegal pode causar grandes danos ambientais à região, porque os garimpeiros usam mercúrio para a extração do ouro, que contamina as águas do rio.
"O que a gente acabou de ver no município de Autazes é um verdadeiro vale-tudo. Tem mais de 300 balsas ali juntas num trecho de rio explorando ouro de qualquer forma", afirma Danicley de Aguiar, porta-voz da Campanha Amazônia do Greenpeace. "A impressão que dá para todo mundo que olha de longe é que a Amazônia virou um vale-tudo: cada um faz o que quiser, na hora que quiser, não existe mais uma discussão em que o Estado e a lei imperem."
Os garimpeiros vieram do sul do Amazonas, onde o garimpo atua de forma massiva há muitos anos e conta com o apoio de empresários e políticos que fomentam essa atividade ilegal, afirmou o Greenpeace. De acordo com especialistas, as balsas de dragagem no rio Madeira devem ser vistoriadas e suspensas pelos órgãos responsáveis, caso não tenham a licença devida.
O Ibama e a Polícia Federal pretendem enviar nos próximos dias servidores ao local
para fiscalizar a atuação ilegal de garimpeiros no leito do rio Madeira. O instituto ambiental afirmou que a operação está em "processo de planejamento".