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Gabinete holandês renuncia por causa de massacre

16 de abril de 2002
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O governo da Holanda renunciou, nesta terça-feira (16), por causa do papel controvertido de seus soldados no massacre de 7.500 pessoas em Srebrenica, em 1995, como integrantes da tropa de paz da ONU na Guerra da Bósnia (1992-95). O que levou à renuncia do gabinete do primeiro-ministro Wim Kok foi um relatório do Instituto de Documentação de Guerra da Holanda, divulgado na semana passada, esclarecendo o papel dos boinas azuis holandeses no massacre. Os autores do documento chegaram a conclusão de que a ambição política levou a Holanda a meter-se num missão de paz confusa e praticamente inviável.

A segurança em Srebrenica era de responsabilidade do contingente holandês que integrava as forças de paz da ONU. Segundo o documento, os políticos e militares da Holanda são culpados porque não conseguiram fazer com que os seus soldados evitassem o massacre. Srebrenica era considerada zona sob proteção da ONU.