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SaúdeFrança

França inicia novo lockdown para evitar terceira onda

19 de março de 2021

Medida afeta um terço dos habitantes do país, inclusive os de Paris, e ficará em vigor por pelo menos quatro semanas. Apenas comércio essencial pode funcionar, mas escolas e creches permanecem abertas.

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Enfermeiras levam maca de paciente de covid em hospital em Paris
Paris é atualmente o epicentro da epidemia na FrançaFoto: Julien Mattia/AA/picture alliance

A França inicia nesta sexta-feira (19/03) um novo lockdown em diversas regiões do país para tentar conter o avanço da covid-19 e evitar um colapso em hospitais diante dos temores de uma terceira onda da pandemia. O confinamento foi decretado em 16 departamentos do país, incluindo a região metropolitana de Paris.

A medida afetará cerca de 21 milhões dos 67 milhões de habitantes do país. O novo lockdown fica em vigor por pelo menos quatro semanas – período mínimo que o governo considera necessário para conter a transmissão avançada do coronavírus, que atinge principalmente o norte do país.

"A progressão da pandemia se acelera notavelmente", afirmou em entrevista coletiva o primeiro-ministro francês, Jean Castex, ao anunciar o novo lockdown na quinta-feira.

Ao justificar a decisão, Castex explicou que "chegou o momento de tomar medidas mais exigentes" em meio à forte progressão da pandemia nesses lugares e afirmou que uma terceira onda parece cada vez mais provável no país.

As novas restrições, no entanto, não serão tão rígidas quanto o lockdown anterior. Segundo o premiê, o objetivo é buscar uma "terceira via", sem um confinamento total, acrescentou.

Toque de recolher flexibilizado 

Com o lockdown, os moradores ficam proibidos de viajar para outras regiões do país. Eles poderão, porém, sair de casa para praticar exercícios ao ar livre durante o dia a uma distância limite de dez quilômetros. O atual toque de recolher será mantido mas flexibilizado em todo o país e vai começar uma hora mais tarde, 19h, a partir de sábado, para terminar 6h.

Já o comércio não essencial deve permanecer fechado nas regiões atingidas. Escolas e creches seguem, no entanto, funcionando normalmente.

A região de Paris é atualmente o epicentro da epidemia na França, com uma taxa de incidência de 446 casos por 100 mil habitantes em sete dias, o que representa um aumento de 23% em uma semana.

De acordo com o ministro francês de Saúde, Olivier Verán, cerca de 1.200 pacientes estão internados em Unidades de Terapia Intensiva (UTIs) na capital, um número maior do que o pico da segunda onda, em novembro.

A França registrou mais de 4,1 milhões de casos de covid-19 e a doença já deixou mais de 91 mil mortos no país. Nesta sexta-feira, foram registradas quase 35 mil novas infecções em 24 horas.

cn/lf (EFE, Lusa, AP, DPA, ots)