Fifa confirma quatro candidatos à presidência
2 de fevereiro de 2015A Fifa confirmou o recebimento de quatro candidaturas para a sua eleição à presidência, marcada para 29 de maio. Além do atual presidente, Joseph Blatter, estão no páreo o ex-jogador português Luis Figo, o presidente da federação holandesa, Michael van Praag, e o príncipe Ali bin al-Hussein da Jordânia, comunicou a comissão eleitoral nesta segunda-feira (02/02), em Zurique.
O francês Jérôme Champagne, que pretendia apresentar sua candidatura, desistiu por não ter o apoio de ao menos cinco federações, como exige o regulamento. Ele anunciou sua desistência pouco antes do anúncio oficial da Fifa. No fim de semana, o também francês David Ginola desistira pelo mesmo motivo.
Os quatro confirmados ainda passarão por avaliações de integridade, a serem conduzidas pelo comitê de ética da Fifa, anunciou a entidade máxima do futebol. Só depois desse procedimento serão anunciados os candidatos que disputarão a eleição. Os nomes deverão ser conhecidos até o dia 9 de fevereiro.
Blatter, de 78 anos, concorre ao quinto mandato. Ele comanda a Fifa desde 1998 e é o favorito na disputa, devendo angariar a maioria dos votos da Ásia, da África e da América do Sul. A Uefa, que tem 53 dos 209 votos, não declarou apoio a nenhuma candidatura.
Nos bastidores, comenta-se que os três rivais de Blatter são, extraoficialmente, os candidatos da Uefa, que está em confronto com a direção da Fifa depois do processo de seleção das Copas do Mundo de 2018 e 2022, destinadas à Rússia e ao Catar em meio a pesadas denúncias de corrupção.
Champagne referiu-se a esse conflito numa carta à imprensa, na qual dá a sua versão para o fracasso da sua candidatura. "O script das últimas semanas e meses deixa antever que candidatos substitutos disputarão as batalhas que outros não têm a coragem de disputar", afirmou, numa clara referência ao presidente da Uefa, Michel Platini, que não vai concorrer contra Blatter.
O francês disse que não recebeu o apoio necessário porque as federações nacionais temem represálias das confederações. Segundo Champagne, "instituições se mobilizaram para eliminar o único candidato independente".
AS/rtr/dpa/ap