Feira em Barcelona mostra principais novidades do mundo dos celulares
28 de fevereiro de 2013Com uma indústria em rápida transformação, os parâmetros também mudam constantemente no mundo da comunicação móvel. E o tamanho voltou a ser tema na Mobile World Congress (MWC), em Barcelona. Se há alguns anos os celulares não eram suficientemente pequenos, hoje, na era dos smartphones, o mercado caminha na direção oposta.
Os novos visores têm no mínimo 4 polegadas, cerca de 10 centímetros. Inicialmente, acreditava-se que os celulares já tinham atingido o tamanho limite para sua fácil mobilidade, mas os consumidores estão cada vez mais procurando por visores maiores: smartphones de 5 polegadas (tela de 13 centímetros na diagonal) estavam presentes nos estandes de quase todos os expositores. Havia uma lacuna entre os smartphones e os tablets, que a Apple acabou com o lançamento do iPad mini, um tablet de 7 polegadas, que se tornou um grande sucesso.
Grande variedade
A Samsung não mostrou aqui em Barcelona seu novo carro-chefe, o Galaxy 4, que será apresentado em Nova York no dia 14 de março. Mas a empresa exibiu novidades na cidade catalã, como o Note 8. Assim, disse Barbara Gehl, da Samsung Eletronics, é possível expandir o portfólio da companhia.
"O Note 8 é um tablet de tamanho intermediário, bastante útil e prático para ser usado a qualquer momento. É o complemento ideal", explica Gehl, que diz que a abordagem da Samsung é oferecer ao consumidor tudo o que ele possa querer. "Oferecemos a possibilidade de o consumidor escolher exatamente o que precisa: um aparelho que possa ser menor e de mais fácil manuseio, mas que também possa ser usado para o trabalho."
A ZTE, fabricante chinesa pouco conhecida na Europa, também tem a mesma estratégia da Samsung. Eles exibem na MWC aparelhos altamente competitivos, como o smartphone Grand S, com um display de 5 polegadas e diversos dispositivos, como uma câmera full HD.
Novos e conhecidos nomes
Ao lado da ZTE, outro fabricante chinês também está se destacando em Barcelona. A Huawei se desenvolveu na área de tecnologias de rede e dispositivos de internet móvel para laptops e hoje eles também produzem smartphones, como o seu carro-chefe, o Ascend P2.
"Podemos atingir uma velocidade de download de 150 megabits por segundo. Esse é o smartphone mais rápido do mercado", disse Michael Seitz da Huawei. "Temos um processador de quatro núcleos com 1,5 GHz e 16 GB de ROM, assim você tem espaço suficiente para armazenar todas suas fotos e vídeos, que podem ser feitos com a câmera de 13 megapixels.".
Mas não são apenas os novos fabricantes que querem acabar o com o duopólio de smartphones da Apple e da Samsung. Marcas conhecidas também estão colocando novos dispositivos no mercado. A Hewlett-Packard, por exemplo, mostrou aqui em Barcelona o Slate 7, que utiliza o sistema operacional Android, da Google.
O smartphone tem uma tela de 7 polegadas e custará 150 euros, um preço bem competitivo, de acordo com especialistas. A Sony tenta entrar na briga com o lançamento de seu novo smartphone de alta tecnologia, o Xperia Z, que aparece também em formato de minitablet. A coreana LG, concorrente da Samsung, mostrou sua nova linha Optimus. A HTC lançou recentemente em Nova York seu carro-chefe One. A Asus, também de Taiwan, apresentou na MWC uma nova combinação entre smartphone e tablet.
Para onde vamos?
Provavelmente nenhum outro setor está evoluindo tão rapidamente como o das telecomunicações. A cada cinco minutos, 50 novos sites entram no ar. A velocidade de transmissão da internet móvel dobrou no último ano. Ainda nesse ano, o número de aparelhos móveis vai ultrapassar o número de habitantes no planeta.
Operadoras como a Deutsche Telekom fornecerão mais rapidez em sua banda larga – o que por sua vez acelera o uso da internet móvel. Cláudia Nemat, do conselho da Telekom responsável por negócios e desenvolvimento de tecnologias na Europa, olha para um futuro próximo: "A questão da relação máquina-máquina que apresentamos aqui – na qual incluimos também carros, bicicletas, eletrodomésticos se comunicando uns com os outros – pode tornar nosso mundo mais confortável. Isso tem o potencial para explodir nos próximos anos."
Além disso, o setor de telecomunicações vai ter cada vez mais impacto sobre outros setores como o comércio, os bancos e a área da saúde. "Nós veremos uma aproximação e conectividade cada vez maior e mais forte entre as pessoas e os aparelhos", diz Nemat, que chama essa tendência de "vida conectada em todas as formas".
Autor: Henrik Böhme, de Barcelona (mas)
Revisão: Rafael Plaisant Roldão