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'Castelo como mito'

10 de julho de 2010

Os castelos fascinam há séculos crianças e adultos, sejam eles fãs do rei bávaro Luís 2º ou do mundo fantástico de Walt Disney. Uma exposição em Nurembergue revela curiosidades sobre a história dessas fortalezas.

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Castelos ocupam a imaginação das pessoas desde a Idade Média

A exposição Mythos Burg (Castelo como mito) apresenta até o próximo dia 7 de novembro, no Museu Nacional Germânico, em Nurembergue, cerca de 650 objetos. A mostra abrange peças de coleções de castelos europeus e museus internacionais, que vão de armaduras medievais até litografias. O objetivo é possibilitar ao público uma visão geral sobre o mito do castelo, da Idade Média aos nossos tempos, além de mostrar o papel que essas fortalezas desempenharam nas artes românica e gótica.

Maior exposição do mundo sobre castelos

Ausstellung "Mythos Burg" im Germanischen Nationalmuseum Nürnberg
Exposição apresenta peças inéditas de acervos internacionaisFoto: Kurpfälzisches Museum, Heidelberg

A exposição é dividida em oito capítulos, que mostram desde azulejos, passando por ilustrações e miniaturas de diversos tipos de castelos, até jogos de tabuleiro e imagens projetadas de cartazes e filmes.

Armaduras e escudos, espadas, correntes e capacetes, roupas de época, painéis, livros ou o valioso fragmento do manuscrito de Parsifal são apresentados em 1.200 metros quadrados do museu. Não se trata somente da maior exposição mundial sobre castelos, mas a mostra também traz uma série de novos conhecimentos sobre o tema.

Antigamente, as fortalezas não eram apenas residências para nobres, mas também usadas por cidades e mosteiros. Até agora, acreditava-se que a primeira grande leva de construções de castelos teria sido fruto da perda de poder dos reinos a partir do século 11. Agora se sabe que já no século 7º tais instalações eram bastante disseminadas para proteção de vilas inteiras.

Por isso, os conceitos de "castelo" e "cidade" são empregados eventualmente como sinônimos, o que mostra que os "citadinos", em sua localidade cercada de muralhas, em breve seriam chamados de "cidadãos".

Schloss Neuschwanstein
Neuschwanstein: castelo dos contos de fadasFoto: picture-alliance/ dpa

O cavaleiro

Ele é jovem, nobre e corajoso - um cavaleiro sem medo e sem censura. Cresceu em um pântano da Bretanha e se tornou o Príncipe Valente de Camelot, o lendário castelo do Rei Artur, onde aprendeu a lutar e a se comportar como nobre. É desta forma que o ilustrador Hal Foster constrói o personagem-título de sua série em quadrinhos: em um ambiente medieval fictício dominado por torneios e confrontos emocionantes.

Agora o cavaleiro super-herói está também presente em uma vitrine na grande exposição em Nurembergue. Príncipe Valente é apenas uma das centenas de peças que mostram como a vida medieval ocupa até hoje a fantasia das pessoas.

Ausstellung "Mythos Burg" im Germanischen Nationalmuseum Nürnberg
Fortalezas inspiraram história de Walt DisneyFoto: Germanisches Nationalmuseum Nürnberg

A fantasia de Neuschwanstein

Haveria motivo para os castelos fascinarem tanto as pessoas já na Idade Média? A posição destacada dessas fortalezas nas montanhas, a sua imponente forma e sua função como centro de poder são, com certeza, motivos pelos quais estas obras foram mistificadas e imortalizadas por artistas como Peter Paul Rubens e William Turner.

Outro exemplo é o Castelo Neuschwanstein. Construído pelo rei Luís 2º da Baviera, ele serviu de inspiração para uma das fantásticas histórias de Mickey Mouse, A corte do Rei Artur.

Obras inéditas

Obras nunca apresentadas ao público também fazem parte da exposição. É o caso de duas litografias do século 19, de 21 metros de comprimento, que mostram as margens do rio Reno, entre Mainz e Koblenz, ricas em castelos. Elas são mais uma prova do tema da fascinante exposição Castelo como mito.

Autora: Thomas Senne / Renata Colombo

Revisão: Carlos Albuquerque