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Experiência no exterior

(sv)12 de junho de 2003

Ministra da Educação incentiva estudantes alemães a optarem por intercâmbios universitários fora do país. Um sistema padronizado de créditos poderá facilitar o reconhecimento de disciplinas cursadas no exterior.

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Universitários alemães: estudar fora do país pode ser essencialFoto: dpa

Atualmente, apenas 14% dos universitários alemães optam por passar um semestre ou mais fora do país. Visando incentivar tal prática, a ministra alemã da Educação, Edelgard Bulmahn, afirmou que os estudantes poderão, no futuro, contar até mesmo com o sistema de crédito educativo válido hoje apenas para o território nacional, caso queiram estudar fora do país.

Créditos padronizados -

Outro problema grave que atinge os estudantes alemães interessados em viver no exterior é a dificuldade de reconhecimento das disciplinas cursadas nas universidades estrangeiras. Segundo Bulmahn, um sistema europeu de créditos (Credit-Point-System) poderá ser criado, possibilitando assim o reconhecimento imediato de disciplinas cursadas fora da Alemanha.

Bacharelado e mestrado -

A recente introdução dos títulos de bacharel (nível de graduação) e mestre (para pós-graduação) já foi um passo nesse sentido. Ao contrário das universidades em diversos outros países europeus, o sistema universitário alemão não oferecia, até há pouco, cursos de graduação mais "rápidos" e estruturados, que pudessem ser encerrados com o título de bacharel (bachalor).

Bildungsministerin Edelgard Bulmahn
Ministra alemã da Educação Edelgard BulmahnFoto: AP

Aos poucos, a obrigatoriedade da defesa de uma tese no fim da graduação, com a concessão do título de mestre (Master, Magister) pode vir a se tornar uma raridade. Os ministros da Educação de toda a União Européia pretendem fazer com que até o ano 2010 pelo menos 20% dos cursos universitários em todos os países do bloco sejam organizados segundo os moldes bacharelado (graduação) e mestrado (pós-graduação).

Hoje, há na Alemanha 1600 graduações que seguem esse modelo. No entanto, apenas três por cento dos universitários alemães estão inscritos nesses cursos. "Isso precisa mudar", sentencia a minstra Buhlmahn.

Não só para ricos -

Especialistas apontam ainda o perigo de que os programas de incentivo ao estudo no exterior tornem-se um privilégio dos mais ricos. Segundo Dieter Schäferbarthold, secretário-geral do Deutsches Studentenwerk, entidade destinada à assistência aos estudantes, é preciso garantir aos interessados em estadias fora do país a gratuidade do ensino superior nas universidades parceiras.

Brasil -

Por isso, é vista com urgência a necessidade de reestruturação dos atuais programas Erasmus e Sokrates, destinados ao intercâmbio universitário. Apesar de o Brasil não estar entre os preferidos dos estudantes alemães (a lista é encabeçada pelo Reino Unido, EUA, Áustria e França), o país ocupa a 14ª posição entre os principais destinos de pesquisadores alemães.