Antissemitismo
25 de março de 2009
O extremista de direita francês Jean-Marie Le Pen, de 80 anos, voltou a gerar indignação no Parlamento Europeu ao reiterar sua declaração que as câmaras de gás nos campos de extermínio nazistas seriam um "detalhe" na história da humanidade.
Agora, também os conservadores querem impedir que o político francês, na condição de deputado mais velho, presida a sessão inaugural do Parlamento após as eleições europeias.
O presidente do partido Frente Nacional (FN) já foi condenado diversas vezes por afirmações racistas e antissemitas. Em decorrência de declarações que negam a gravidade das câmaras de gás nazistas, reiteradas diversas vezes desde 1987, ele foi condenado na França a pagar uma multa de 1,2 milhão de francos (cerca de 183 mil euros).
Ao repeti-las em Munique, em 1997, ele também foi condenado por um tribunal local a pagar uma multa por crime de incitação pública.
Ativistas exigem anulação da imunidade parlamentar
Os deputados esquerdistas e verdes estavam tentando há tempos impedir que Le Pen venha a dirigir a seção constituinte do Parlamento Europeu após as eleições. Para viabilizar isso, o líder da bancada verde, Daniel Cohn-Bendit, pretende requerer uma alteração do regulamento parlamentar.
Após Le Pen ter reiterado suas declarações nesta quarta-feira (25/03), a bancada conservadora do Partido Popular Europeu, a maior do Parlamento, apoiou a petição. O presidente do partido, Joseph Daul, declarou que Le Pen teria se desqualificado para dirigir a sessão inaugural.
Na França, a Liga contra Racismo e Antissemitismo exigiu que o Parlamento Europeu suspenda a imunidade parlamentar de Le Pen e imponha "urgentemente" sanções contra o extremista de direita.
SM/AS/afpd/dpa