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EUA querem retomar negociação com Coreia do Norte

20 de setembro de 2018

Secretário de Estado americano elogia compromissos assumidos por Pyongyang em cúpula bilateral das Coreias e estabelece janeiro de 2021 como prazo limite para o fim do programa nuclear norte-coreano.

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Mike Pompeo
Pompeo quer se reunir com o ministro do Exterior da Coreia do Norte na próxima semanaFoto: picture-alliance/AP Photo/J. Martin

Depois de a Coreia do Norte anunciar que vai desativar instalações-chave para testes de mísseis na presença de especialistas internacionais, os Estados Unidos disseram nesta quarta-feira (19/09) estarem prontos para retomar as negociações com Pyongyang e estabeleceram janeiro de 2021 como prazo limite para o fim do programa nuclear norte-coreano.

Em comunicado, o secretário de Estado americano, Mike Pompeo, elogiou os "compromissos importantes" assumidos por Pyongyang na cúpula intercoreana. Diante destes avanços, o chefe da diplomacia dos EUA destacou que Washington está disposto a retomar "imediatamente" as negociações para reestabelecer as relações entre os países.

Pompeo afirmou que gostaria de se reunir com o ministro do Exterior da Coreia do Norte, Ri Yong-ho, em Nova York, durante a Assembleia Geral da ONU, que ocorre na próxima semana.

"Isso marcará o começo das negociações para transformar as relações entre EUA e Coreia do Norte por meio de um processo de rápida desnuclearização da Coreia do Norte, que deve ser completado até janeiro de 2021, como se comprometeu o líder Kim [Jong-um]", completou o secretário.

Pompeo fazia referência à declaração assinada pelo presidente americano, Donald Trump, e Kim durante o histórico encontro em Singapura. Em troca de garantias de sobrevivência do regime por parte dos EUA, o líder norte-corerano disse topar a desnuclearização do país.

Os dois líderes, porém, não estabeleceram prazos para que esses objetivos fossem atingidos. A data limite para o fim do programa nuclear da Coreia do Norte mencionada nesta quarta-feira por Pompeo coincide com o término do mandato de Trump.

As negociações entre as partes tinham esfriado nas últimas semanas devido às diferenças sobre como realizar o processo. Pyongyang exigia avanços na assinatura de um tratado de paz com a Coreia do Sul para pôr fim ao estado de guerra na península, que se mantém desde 1953. Como contrapartida, Kim promoveria medidas concretas para desmantelar seu arsenal nuclear.

Durante a cúpula desta terça-feira, Kim mandou um sinal para Trump e se ofereceu a fechar permanentemente a usina de Yongbon, onde o país produz combustível para as bombas atômicas. Em troca, os EUA devem tomar "medidas correspondentes" estipuladas na cúpula de Singapura.

O anúncio foi feito por Kim durante a terceira reunião com o presidente da Coreia do Sul, Moon Jae-in, neste ano. Os líderes se reuniram em Pyongyang e concordaram em transformar a Península Coreana numa "terra de paz e sem armas nucleares".

CN/efe/lusa/afp/rtr

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