EUA e Rússia fazem acordo para reduzir arsenal atômico
24 de maio de 2002Pelo tratado firmado em Moscou, nesta sexta-feira (24), o número de ogivas nucleares cairá das 6 mil atuais para aproximadamente 2 mil até o ano 2012, no mais tardar. "Este é um dia histórico não só para a Rússia e os Estados Unidos, mas também para todo o mundo", festejou Bush.
"Isto liquida a herança da Guerra Fria e a confrontação de nossos países", acrescentou Putin. Este falou também de uma qualidade totalmente nova nas relações russo-americanas.
Parte da ogivas nucleares instaladas em mísseis, bombardeiros e submarinos, não será destruída, mas desativada. A conservação parcial coloca a Rússia em posição inferior à dos EUA, pois os mísseis russos têm idade avançada e não poderão ser colocados de novo em serviço a partir de certa data. Além do mais, Moscou não dispõe de recursos para renovar tais armas.
O governo da Alemanha saudou o acordo russo-americano de desarmamento nuclear como um passo no caminho da eliminação definitiva do arsenal atômico. Considerando o perigo atual de uma escalada nuclear, o governo alemão saúda cada passo para um desarmamento atômico, disse o ministro do Exterior, Joshka Fischer. Em nome do governo em Berlim, o político do Partido Verde fez um apelo por mais redução no arsenal nuclear. "A meta de eliminação definitiva das armas atômicas não deve ser esquecida", cobrou o ministro.
Cooperação estratégica
- Os chefes dos dois Estados arquiinimigos nos tempos da União Soviética também assinaram um acordo sobre cooperação estratégica dos EUA com a Rússia. Com isso, a superpotência americana se comprometeu com uma estreita cooperação com a Rússia no sistema antimísseis planejado por Washington.O governo russo havia condenado inicialmente o novo sistema por temer, como conseqüência, uma retirada dos EUA do Tratado de Antimísseis Balísticos, de 1972, o que Bush confirmou em agosto de 2001. A China e aliados ocidentais, como a Alemanha, também foram contra por considerarem que o tratado assinado 30 atrás pela União Soviética e os EUA garantia a segurança estratégica na Europa e o seu fim levaria a uma nova corrida armamentista.