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EUA compram 500 milhões de testes para conter ômicron

21 de dezembro de 2021

Testes serão enviados gratuitamente para a casa dos moradores que solicitarem, e governo criará novos centros federais de testagem. Biden afirma que não vacinados "têm bons motivos para se preocupar" com a variante.

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Foto mostra longa fila em frente a barraca de testagem de covid-19 em Nova York
Em Nova York, Washington e outras cidades há registros de longas filas para fazer teste de covid-19Foto: Wang Ying/Xinhua/imago images

A Casa Branca anunciou nesta terça-feira (21/12) novas medidas para reforçar o combate à pandemia de covid-19 diante da rápida difusão da variante ômicron do coronavírus, que já representa 73% dos novos casos da doença nos Estados Unidos.

Um eixo do novo plano é reforçar o uso de testes rápidos para as pessoas que pretendem encontrar familiares, viajar ou participar de encontros em ambientes fechados.

O governo americano afirmou que comprará 500 milhões de testes rápidos que podem ser feitos em casa e serão enviados gratuitamente aos moradores que os solicitarem a partir de janeiro por meio de uma página da internet.

O plano prevê ainda a ampliação do número de centros federais de testagem e convoca as operadoras de planos de saúde a oferecem testes gratuitos aos indivíduos segurados a partir de janeiro.

Cerca de mil médicos das Forças Armadas também irão reforçar hospitais que enfrentam dificuldades para lidar com o aumento no fluxo de pacientes com covid-19. 

Filas para testes

O rápido aumento das novas infecções provocado pela ômicron está mais uma vez tendo grande impacto na vida cotidiana dos americanos, forçando o cancelamento de apresentações na Broadway e de competições esportivas.

A política do presidente Joe Biden para combater a pandemia até o momento sofreu críticas por focar somente na vacinação em detrimento de medidas adicionais como testagem em massa e o uso de máscaras, e por subestimar o impacto do movimento antivacina no país. Cerca de um quarto dos adultos nos Estados Unidos ainda não se vacinou.

As novas medidas não estarão totalmente implementadas antes do Natal, o que deixará muitos americanos com dificuldade para encontrar testes rápidos antes de se reunirem com a família ou viajar. Em Nova York, Washington e outras cidades há registros de longas filas para as pessoas que querem fazer testes de covid-19.

Biden diz que vacinação é dever "patriótico"

O presidente americano fez um pronunciamento nesta terça-feira no qual garantiu que o país está preparado para enfrentar a variante e que os americanos "não voltarão a março de 2020", quando ocorreu o pico da pandemia.

Biden também disse que todos os moradores do país têm um dever "patriótico" de se vacinar, e afirmou que os que optaram por não se imunizar "têm bons motivos para se preocupar com a ômicron". 

Na segunda-feira, autoridades de saúde do Texas registraram o que deve ser a primeira morte nos Estados Unidos pela variante.

Diversas pesquisas indicam que o regime de duas doses de vacina (ou dose única no caso da Janssen) é significativamente menos eficiente para prevenir contra infeções de covid-19 provocadas pela ômicron, mas doses de reforço parecem aumentar a proteção em testes de laboratório.

Ainda não há estudos conclusivos sobre a gravidade dos efeitos da ômicron comparada com outras variantes, mas está claro que ela se dissemina com uma rapidez superior, o que forçou diversas nações a adotarem novas restrições. Na Alemanha, após o Natal, imunizados e recuperados da covid-19 deverão respeitar limite de 10 pessoas em reuniões.

bl (Reuters, AFP)