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EUA buscam respostas para ataque a escola em Connecticut

15 de dezembro de 2012

Polícia identifica o jovem Adam Lanza, de 20 anos, como autor do crime. Ele matou 20 crianças, seis adultos – entre eles a própria mãe – e depois se matou. Norte-americanos voltam a debater lei de controle de armas.

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Foto: Reuters

O presidente dos Estados Unidos, Barack Obama, pediu solidariedade aos norte-americanos para com os moradores da comunidade de Newtown, no estado de Connecticut, após o ataque a uma escola que deixou pelo menos 27 mortos na última sexta-feira (14/12). Em seu discurso semanal transmitido pelo rádio e na internet, Obama defendeu "ações significativas para evitar mais tragédias como esta", mas não chegou a falar em leis mais rígidas para o controle de armas no país.

"Nossos corações estão partidos", afirmou Obama, enxugando lágrimas em um pronunciamento pela televisão. O presidente lembrou outros ataques violentos no país, como o que ocorreu em um cinema no estado do Colorado, em julho deste ano, e contra um templo em Wisconsin, em agosto – tragédias que deixaram os norte-americanos igualmente consternados.

Os moradores de Newtown, cidade localizada a 130 km de Nova York, acordaram neste sábado (15/12) ainda em estado de choque, procurando respostas para o que aconteceu. O ataque na escola Sandy Hook, de ensino fundamental, ocorreu quando os alunos – entre 5 e 10 anos de idade – entravam nas salas de aula para iniciarem as atividades da manhã. De acordo com a polícia, houve tiroteio em duas salas. Testemunhas disseram ter ouvido dezenas de tiros.

US-Präsident Barack Obama Rede nach Amoklauf in Newtown
Em discurso, Obama não conteve as lágrimas: "Nossos corações estão partidos"Foto: Getty Images

Tiros contra crianças

O responsável pelo atentado, identificado como Adam Lanza, de 20 anos, abriu fogo na manhã de sexta-feira contra adultos e crianças. Ele matou 26 pessoas – 20 crianças e seis adultos – e depois atirou contra si mesmo. Uma das vítimas foi a própria mãe do atirador, Nancy Lanza. Entre os mortos estavam ainda o diretor e um psicólogo da escola. Segundo informações do jornal The New York Times, Adam usou duas pistolas automáticas. A polícia, de acordo com o jornal, encontrou ainda um fuzil no local dos crimes.

As pessoas que conheciam Adam o descreveram como um jovem "brilhante, mas retraído". Antigos colegas do rapaz comentaram que ele se vestia de maneira mais formal do que os outros estudantes. "A mãe dele o pressionava bastante para que ele fosse mais inteligente e se dedicasse bastante à escola", disse Tim Arnone, 20.

Autoridades acreditam que Adam pudesse sofrer de algum distúrbio de personalidade. Ele era ex-aluno da escola Sandy Hook.

Schießerei an einer Grundschule in Connecticut
Após tiroteio, crianças foram retiradas às pressas da escolaFoto: Reuters

Armas em debate

O número de mortos na tragédia em Sandy Hook superou o registrado em um dos atentados em escolas mais conhecidos nos Estados Unidos, o de Columbine, em 1999. Na época, dois adolescentes mataram 13 pessoas, entre estudantes e funcionários, e depois se mataram.

O tiroteio reacendeu o debate em torno do controle da venda de armas nos Estados Unidos, país com tradição em armas de fogo e um forte lobby das empresas fabricantes, o que desanima políticos a tomarem medidas mais incisivas com relação ao controle de pistolas e rifles.

MSB/rtr/dpa/ap
Revisão: Soraia Vilela