7 de outubro de 1949:
É fundada a República Democrática Alemã (RDA).
9 a 12 de julho de 1952:
Na 2ª Conferência do Partido Socialista Unitário (SED), o secretário-geral Walter Ulbricht anuncia a "construção planejada do socialismo", segundo o modelo soviético.
3 de fevereiro de 1953:
O Comitê Central do SED decide uma "campanha por uma severa redução de gastos" na economia estatal do país.
5 de março de 1953:
A morte de Stalin leva à insegurança e lutas pelo poder na liderança de inúmeros países do Bloco Oriental.
20 de abril de 1953:
O Conselho de Ministros da RDA decide um aumento draconiano dos preços de gêneros alimentícios, tais como carne, embutidos, derivados de açúcar e outros produtos em falta no mercado.
15 de maio de 1953:
Em sua 13ª Conferência, o Comitê Central do SED decide aumentar em pelo menos dez por cento as normas de trabalho em todas as empresas estatais, até 30 de junho.
29 de maio de 1953:
A liderança da RDA anuncia o aumento das normas de trabalho.
9 de junho de 1953:
O
politburo do SED anuncia um "novo rumo", prometendo à população melhorias consideráveis no cotidiano. Alguns erros do passado são admitidos, devendo a repressão diminuir.
16 de junho de 1953:
Segundo artigo publicado no jornal sindicalista
Tribüne, o SED pretende manter o aumento das normas de trabalho decidido em fins de maio, mesmo no contexto do "novo rumo". O artigo provoca protestos de trabalhadores da construção civil em Berlim Oriental, que caminham em passeata até a Casa dos Ministérios, exigindo negociações com o governo. A notícia da manifestação propaga-se com rapidez por quase toda a RDA.
17 de junho de 1953, pela manhã:
Têm lugar em quase 700 localidades, em toda a RDA, manifestações, greves e confrontos entre a população e o poder estatal. Os protestos realizam-se principalmente em grandes empresas e focos tradicionais do movimento trabalhista, em especial em Berlim, Halle-Bitterfeld, Leipzig, Magdeburg, Görlitz e Iena. A população assalta prisões e liberta os prisioneiros. Em Berlim, dois homens retiram a bandeira vermelha da Porta de Brandemburgo e a rasgam, sob os aplausos da multidão. Os rebeldes não são coesos em suas reivindicações, que vão desde o cancelamento das normas de trabalho e melhoria do padrão de vida até metas políticas, tais como eleições livres, renúncia do governo e substituição dos líderes políticos.
17 de junho, meio-dia:
Tanques soviéticos avançam sobre Berlim e outras cidades. Os militares promulgam o estado de exceção e usam da violência contra os manifestantes. A partir das 13 horas, ficam proibidas todas as manifestações e demais aglomerações a céu aberto ou em edifícios públicos. Entre as 21 e as 5 horas vigora a proibição de sair às ruas. Ao todo, mais de 20 pessoas morrem nos confrontos.
18 de junho de 1953:
Em julgamento sumário, o operário Willy Götting é condenado à morte por participação na revolta e imediatamente executado. Ao todo, são presas 7663 pessoas, sendo condenados 1526 réus.
21 de junho de 1953:
Em sua 14ª Conferência, o Comitê Central do SED admite erros internos e decide cancelar o aumento de preços e de normas de abril e maio, respectivamente, aumentar as aposentadorias mínimas, bem como disponibilizar mais bens de consumo.
24 a 26 de julho de 1953:
A 15ª Conferência do Comitê Central do SED conduz à destituição de Wilhelm Zaisser, Rudolf Herrnstadt e Max Fechner, críticos de Ulbricht, o qual consolida seu poder.