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Estudo vê falta de trabalhadores qualificados na Alemanha

30 de agosto de 2017

Envelhecimento da população pode fazer com que haja carência de 3,3 milhões de profissionais especializados até 2040. Saúde e tecnologia da informação estão entre áreas mais afetadas.

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Foto: Colourbox

A Alemanha enfrenta a ameaça de uma grande escassez de trabalhadores qualificados nos próximos anos devido em grande parte ao envelhecimento da população, de acordo com um relatório divulgado nesta quarta-feira (30/08) pelo instituto de pesquisa suíço Prognos.

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Segundo os pesquisadores, a carência no número de trabalhadores qualificados na maior economia da Europa, como especialistas na área de TI e profissionais de saúde, deve subir para até 3 milhões em 2030 e até 3,3 milhões em 2040.

Os pesquisadores aconselharam os líderes políticos e da indústria a tomar "medidas adequadas" para combater as crescentes lacunas de força laboral na Alemanha.

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"Como resultado da mudança demográfica, a situação no mercado de trabalho será exacerbada consideravelmente nos próximos 10 a 20 anos", afirmou o autor do estudo, Oliver Ehrentraut.

Apesar de especialistas não contarem mais com uma diminuição drástica da população alemã, o número de pessoas em idade ativa continuará em queda acentuada – em até 10% até 2040, segundo o estudo.

Além disso, com a crescente concorrência internacional, novos padrões de consumo e a digitalização em quase todos os setores econômicos, algumas profissões perderão importância e, no outro extremo, faltarão pessoas com habilidades específicas em profissões que ganharão importância.

De acordo com a previsão do Prognos, muitas atividades de segurança e vigilância ficarão obsoletas. Motoristas de caminhão e empacotadores também deverão ter suas funções substituídas por robôs e processos automatizados. O mesmo vale para contadores, agentes de crédito e corretores de imóveis.

Em contrapartida, haverá uma demanda por gestores, pesquisadores, engenheiros, médicos, enfermeiros e, em menores proporções, jornalistas e mentes criativas já em 2020 e de forma mais acentuada até 2030.

Os especialistas do Prognos também ofereceram sugestões para reduzir as lacunas no mercado de trabalho. Eles defenderam maior fomento da formação profissional, mais facilidade para o retorno ao trabalho de homens e mulheres que fizeram uma pausa para cuidar de filhos e incentivos a pessoas de mais idade para que continuem trabalhando.

Com essas medidas seria possível reduzir a escassez de mão de obra em cerca de 2 milhões de trabalhadores no longo prazo. Por fim, funcionários que têm cargos parciais devem ser encorajados a ampliar suas horas semanais de trabalho.

Em todos os cenários foi computada uma migração média de 200 mil migrantes por ano. O estudo do Prognos não inclui projeções sobre como os recém-chegados requerentes de refúgio poderiam ajudar a reduzir o deficit no mercado de trabalho.

A força de trabalho da Alemanha soma 44,2 milhões de pessoas, segundo o Departamento Federal de Estatística (Destatis). A Agência do Trabalho da Alemanha afirmou que a situação não é tão dramática e que não há uma grande carência de trabalhadores qualificados, mas admitiu que alguns setores, como máquinas indústriais, automotivo e ciência da computação, enfrentam problemas para encontrar pessoal qualificado.

PV/dpa/rtr