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Estados do Golfo declaram Hisbolá uma organização terrorista

2 de março de 2016

Em aparente provocação ao Líbano, bloco de países sunitas liderado pela Arábia Saudita classifica milícia de "ameaça à segurança nacional árabe".

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Foto: Getty Images/AFP/A. Amro

Os seis Estados do Conselho de Cooperação do Golfo (CCG) declararam que o movimento xiita libanês Hisbolá é uma organização terrorista, anunciou nesta quarta-feira (02/03) o secretário-geral do grupo regional, Abdellatif Zayani.

Os Estados do grupo sunita – Arábia Saudita, Bahrein, Catar, Emirados Árabes Unidos, Omã e Kuwait – tomaram essa decisão devido "à continuação das ações hostis das milícias [do Hisbolá], que recrutam jovens [do Golfo] para perpetuar atos terroristas", disse Zayani.

"Os crimes da milícia do Hisbolá nos países do CCG e os atos terroristas e de incitação na Síria, no Iêmen e no Iraque [...] são uma ameaça para a segurança nacional árabe", afirmou o secretário-geral, em comunicado.

Zayani disse ainda que "serão tomadas medidas apropriadas para aplicar essa decisão, em conformidade com as regras da luta antiterrorista em vigor nos Estados do CCG e as leis internacionais".

Observadores acreditam se tratar de uma resposta à recusa do Líbano em condenar o ataque à embaixada saudita em Teerã, executado por manifestantes revoltados com a execução de um proeminente clérigo xiita na Arábia Saudita.

A medida do CCG surge num contexto de forte tensão entre esses seis Estados e o Hisbolá, que, assim como o Irã, apoia o regime do presidente sírio, Bashar al-Assad, na luta contra rebeldes apoiados pelas monarquias sunitas do Golfo.

Nos últimos anos, vários países, incluindo os Estados Unidos, o Reino Unido, o Canadá e a Austrália, e também a União Europeia, anunciaram que consideram o Hisbolá, ao menos em parte, uma organização terrorista.

PV/lusa/ap/dpa/afp/rtr