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"Estado Islâmico" reivindica ataque em Orlando

12 de junho de 2016

Investigadores americanos tratam mensagem com cautela e dizem que ainda não há indício de ligação entre autor do massacre e organização jihadista. Atirador jurou lealdade ao EI antes da matança.

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Foto: Reuters/S. Nesius

Massacre em boate gay choca EUA

O "Estado Islâmico" reivindicou a autoria do ataque deste domingo (12/06) em Orlando, na Flórida, que deixou ao menos 50 mortos e foi o massacre a tiros mais mortal da histórica americana. Investigadores, no entanto, tratam a mensagem com cautela, embora reconheçam que o atirador possa ter se inspirado na organização extremista.

O comunicado foi divulgado em inglês e árabe através da agência de notícias Amaq, que é ligada aos jihadistas. O "Estado Islâmico" costuma reivindicar com rapidez atentados ocorridos no Ocidente, mesmo os realizados pelos chamados "lobos solitários" – que operam sem coordenação com células da organização.

"O ataque armado contra uma boate gay na cidade de Orlando no Estado americano da Flórida, que deixou mais de 100 pessoas mortas ou feridas, foi realizado por um combatente do Estado Islâmico", diz o texto divulgado.

O atirador foi identificado como Omar Siddiqui Mateen, cidadão americano de ascendência afegã que vivia em Port St. Lucie, também na Flórida. Nascido em Nova York, o jovem de 29 anos trabalhava como segurança privado e era vigiado pelo FBI desde 2013.

Os primeiros detalhes sobre o atirador sugerem um homem instável, violento, homofóbico e simpatizante do "Estado Islâmico". Mateen teria ligado para o número de emergência da polícia de Orlando antes do massacre para jurar lealdado ao líder do EI, Abu Bakr al-Baghdadi.

Armado com um rifle e uma pistola, atirador abriu fogo na casa noturna Pulse, matou 50 pessoas e feriu outras 53
Armado com um rifle e uma pistola, atirador abriu fogo na casa noturna Pulse, matou 50 pessoas e feriu outras 53Foto: Getty Images/G. Mora

Agentes do Departamento de Segurança Nacional, porém, disseram a membros do Congresso numa reunião de emergência que, embora ele tenha se inspirado nos jihadistas, não há qualquer indício de que tenha sido treinado ou instruído pelo "Estado Islâmico".

O casal que matou 14 pessoas em dezembro, na cidade californiana de San Bernardino, também jurou lealdade ao "Estado Islâmico", mas investigadores descartaram que os dois tenham tido qualquer contato com os jihadistas.

Armado com um rifle e uma pistola, Mateen abriu fogo na casa noturna Pulse, matou 50 pessoas, feriu outras 53 e fez reféns por cerca de três horas, antes de ser morto pela polícia.

O presidente Barack Obama classificou o massacre como um ato de ódio e terror e um ataque contra todos os americanos. Ele aproveitou o discurso deste domingo para reforçar a necessidade de debate sobre o porte de armas nos EUA, instando os americanos a pensar se este é o país onde querem estar.

"Nós sabemos o suficiente para dizer que foi um ato de terror e um ato de ódio", discursou Obama na Casa Branca, referindo-se ao massacre a tiros como "o mais mortal da história americana". "É uma lembrança soberana de que ataques contra qualquer americano, independentemente de raça, etnia, religião e orientação sexual, é um ataque contra todos nós."

RPR/rtr/ap