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Estônia já aceita euro

Ute Schaeffer/rw8 de dezembro de 2002

Pequeno país é uma das dez nações a serem admitidas na União Européia no encontro de cúpula de Copenhague. Sob jugo soviético até 1991, estonianos vêem o ingresso na UE como consolidação de sua independência.

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Centro histórico de TallinnFoto: AP

Já nos tempos de satélite da União Soviética, o governo de Tallinn via-se como uma "ilha européia". Esta filosofia ajudou o país a encaminhar as difíceis reformas políticas e econômicas necessárias para sua admissão na comunidade ocidental.

Antecipando-se à inclusão, muitos comerciantes do país, por exemplo, já aceitam pagamentos em euros, especialmente de turistas. A União Européia vai consolidar este caminho no encontro de cúpula na Dinamarca, a partir do próximo dia 12.

O ingresso na comunidade foi decidido com base nas experiências históricas da Estônia. Mesmo quando integrava a União Soviética, nunca se identificou com o sistema comandado por Moscou. Pelo contrário, o período até 1991 é considerado "tempo de ocupação soviética".

A decisão pela União Européia foi estratégica, para evitar outra anexação pela superpotência vizinha no futuro. A ministra do Exterior, Kristina Ojuland, destaca ter sido este um objetivo de todos os governos estonianos: "Não há alterações substanciais no tocante à política externa em relação ao governo anterior. Nossas prioridades sempre foram a integração nas estruturas européias e os preparativos para o ingresso na UE".

Ceticismo da população

Nem todos os estonianos estão convencidos de que alguma coisa realmente vai melhorar depois que o pequeno país for integrado na grande comunidade da Europa Ocidental. A mão-de-obra jovem e altamente qualificada tem esperança de novos desafios, com mais competitividade e melhores chances de trabalho.

Andra Veideman, assessora do presidente e ex-chefe da pasta da Integração na UE, reconhece um "ceticismo positivo" na população. "Afinal, ainda continuamos nos distanciando de um sistema em que estávamos envolvidos de forma completamente diferente. Sem dúvida, o aspecto prático da integração é o mais importante para uma nação pequena como a nossa", completa Andra.

Através do ingresso na União Européia, a ex-república soviética espera melhorar o relacionamento com a Rússia, que ainda a "castiga" política e economicamente através de altas taxas alfandegárias. "O que dificilmente fará quando estivermos na UE", complementa a ex-ministra.