Entra em vigor exigência de testes para entrar na Alemanha
1 de agosto de 2021A partir deste domingo (01/08), todos os viajantes não vacinados contra a covid-19 terão que apresentar teste negativo para poder entrar na Alemanha. A medida tem o fim declarado de conter a propagação da variante delta do Sars-Cov-2, sobretudo através dos muitos que retornam das férias de verão.
A exigência se aplica a todos os maiores de 12 anos que não possam comprovar estarem completamente imunizados contra o vírus ou recuperados de uma infecção. Isentos estão os que viajam regularmente para países vizinhos por motivos profissionais, assim como os passageiros em trânsito.
Até então, a testagem só era exigida de quem chegasse ao país de avião, mas agora se estende também aos viajantes de carro, trem ou navio. Aceitos são os resultados de testes expressos com um prazo de 48 horas (24 horas para os retornados de regiões com alta incidência das variantes do novo coronavírus), ou até 72 horas para os testes de reação em cadeia da polimerase (PCR).
Ameaça de quarentena e multas
Falando ao tabloide Bild am Sonntag, o ministro alemão do Interior, Horst Seehofer, avisou: "Quem ingressa na Alemanha deve contar que será controlado. Nisso, a polícia federal e as estaduais trabalham em conjunto."
Nas fronteiras europeias internas da União Europeia, haverá apenas fiscalizações aleatórias, a fim de evitar congestionamentos quilométricos na volta das férias. Contudo, "ao ingressar de países fora do UE, nos aeroportos e portos marítimos, todos serão controlados, sem exceção". Quem não tiver um teste negativo, pode ter que entrar em quarentena, e pode haver "multas significativas", ameaçou Seehofer.
Após um início lento, a vacinação contra a covid-19 está ganhando impulso na Alemanha: mais de 51% da população está inteiramente vacinada, 61% tomou uma dose. O número de casos vem crescendo: neste domingo, o Instituto Robert Koch (RKI), de controle e prevenção de doenças infecciosas, registrou 2.097 novos contágios – 710 a mais do que na semana anterior.
A incidência móvel de sete dias também aumentou, com 17,5 novos casos por 100 mil habitantes, contra 16,9 na véspera. Ainda assim as cifras ainda são menores do que em países como a França, Espanha ou Holanda.
av (Reuters,DPA)