Incentivos bilionários
8 de junho de 2009O ensino de nível superior alemão precisa de bilhões de euros, e o Estado está disposto a investir a verba. Apesar da crise financeira, da recessão e da extinção de empresas, os governos estaduais e federal pretendem investir 18 bilhões de euros na educação e pesquisa até 2019.
O pacote engloba três projetos isolados: o Pacto das Escolas Superiores, a Iniciativa da Excelência e o Pacto de Pesquisa e Inovação.
Mais vagas nas universidades
O Pacto das Escolas Superiores tem a meta de criar 275 mil novas vagas nas universidades alemãs até 2015. Para cada novo estudante serão disponibilizados anualmente 6.500 euros, durante quatro anos. A iniciativa beneficiará sobretudo as cadeiras científicas.
A decisão se origina no problema criado pela abreviação do período escolar de 13 para 12 anos, o que implica a duplicação do número de calouros nas universidades, nos próximos anos.
Incentivo à elite
A Iniciativa da Excelência é a continuação do atual programa para criação e incentivo de universidades de elite na Alemanha. Esse programa foi agora estendido até 2017, sendo financiado com 2,7 bilhões de euros. Um processo de concorrência científica decide a cada ano qual universidade receberá uma injeção de verbas.
Verbas para instituições não universitárias
O Pacto de Pesquisa e Inovação dirige-se em especial aos centros de pesquisa fora das universidades. Instituições científicas como a Max Planck ou o Instituto Fraunhofer receberão no futuro maior apoio financeiro.
A ministra alemã da Educação e Pesquisa, Annette Schavan, elogiou o pacote, falando num "bom dia para a ciência". Segundo ela, os sucessos das primeiras iniciativas pró-ensino superior já são visíveis, por isso é positivo levar adiante os projetos.
Schavan registrou também o aumento do número dos doutorandos da Alemanha em 10%. Ela mencionou ainda a intenção de conquistar representantes da elite científica internacional para os institutos científicos do país.
Pequenos detalhes
As atuais deliberações sobre o ensino superior têm, contudo, um pequeno senão, que só foi mencionado de passagem. As verbas só poderão ser concedidas integralmente caso não haja reduções de impostos após as eleições parlamentares deste ano. Além disso, a decisão poderá ser revogada ou alterada tanto pelo Bundestag (câmara baixa do Parlamento) como pelas representações legislativas dos estados.
AV/dpa/afp/rtr
Revisão: Roselaine Wandscheer