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Empresariado alemão de olho na Olimpíada de 2008

Marion Andrea Strüssmann3 de julho de 2002

Diversas empresas alemãs de médio e grande porte estão oferecendo seus préstimos para ajudar a China nos preparativos dos Jogos Olímpicos de 2008.

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China será sede dos Jogos Olímpicos de 2008Foto: AP

Muita coisa precisa ser feita, desde a construção de estádios e vilas olímpicas até a melhoria da infra-estrutura de Pequim, que será sede da Olimpíada de 2008. As autoridades chinesas calculam um investimento entre 30 a 35 bilhões de euros para o grande projeto de modernização, que inclui até a construção de um novo aeroporto e de um centro internacional para a imprensa, com o melhor da tecnologia de comunicação.

Muitas empresas alemãs possuem o conhecimento e a experiência necessárias para contribuir com este grande projeto. Visando a ampliação de suas atividades no exterior, uma delegação de empresários esteve em visita à China, acompanhada pelo ministro do Economia da Alemanha, Werner Müller.

Representantes de firmas de grande porte, como a Bayer, BMW, DaimlerChrysler e Siemens, foram conferir de perto o que há para fazer e estudar de que forma seus serviços podem ser adequados às necessidades de modernização. Até profissionais ligados a escritórios de arquitetura, empresas de eletrônica e planejamento urbano fizeram parte da comitiva.

A Bayer, por exemplo, uma das maiores patrocinadoras do esporte alemão, ofereceu ajuda para a construção de ginásios e centros de medicina esportiva. A indústria farmacêutica tem larga experiência no assunto.

Recentemente, a Bayer construiu para seu clube, em Leverkusen, um estádio altamente moderno. Atletas do Bayer já conquistaram 55 medalhas em olimpíadas, 200 em campeonatos mundiais e outras 800 em campeonatos alemães. O nome Bayer já é sinônimo de alto profissionalismo no esporte internacional.

A construtora Bilfinger e Berger e também a Züblin, acumulam a experiência de participar e coordenar projetos de infra-estrutura e grandes obras em diversos países. As indústrias automobilísticas BMW e DaimlerChrysler esperam fornecer carros e ônibus movidos a hidrogênio, que não poluem o ar. Elas também estão interessadas em organizar a complexa logística necessária para os Jogos Olímpicos, um evento que atraiu milhares de pessoas.

Vantagem -

É claro que outras empresas internacionais já descobriram que a China pode ser um bom filão para o incremento de seus serviços no exterior. O empresariado alemão, entretanto, acredita que leva vantagem sobre os concorrentes justamente pela experiência comprovada que possui no setor.

O fato de já terem contribuído para a realização da Olimpíada em Munique e de campeonatos mundiais de futebol pode ser decisivo para que a organização chinesa dê preferência aos alemães. Outro ponto a favor é o volume comercial entre os dois países. Somente no ano passado, o comércio entre a Alemanha e a China foi da ordem de 38 bilhões de euros.