Tratamento inédito

A empresa alemã de pesquisa farmacológica Probiodrug conseguiu um avanço sem precedentes no tratamento do mal de Alzheimer. Este permitiria pela primeira vez tratar na raiz a mais freqüente forma de demência senil.

Esta terapia causal se baseia na constatação de que uma determinada enzima desencadeia os depósitos protéicos típicos da doença, os quais levam à morte das células nervosas. A Probiodrug desenvolveu princípios ativos que interrompem este processo degenerativo.

Sete anos até comercialização

O psiquiatra e neuropatologista alemão Alois Alzheimer foi o primeiro a, em 1906, descrever a doença como "demência pré-senil". "Estamos convencidos de que através de nossas descobertas abre-se uma possibilidade única de sustar a destruição neuronal e a formação de sedimentos, ou mesmo impedi-las de antemão", afirmou o bioquímico Hans-Ulrich Demuth, co-fundador da Probiodrug, ao jornal Mitteldeutsche Zeitung.

Entretanto os diretores do departamento de pesquisas da empresa advertem que ainda poderá transcorrer um bom tempo até que seja colocado no mercado um medicamento para a cura do mal de Alzheimer baseado nas novas pesquisas.

Isto se deve à abrangente bateria de testes clínicos a que deve ser submetida toda substância ativa antes de ser liberada. "Eles não serão concluídos antes de sete anos", antecipa a Probiodrug. Em experimentos com cobaias animais, conseguiu-se reduzir os perigosos depósitos protéicos em até 80%.

Segunda revolução

Os resultados da atual pesquisa serão publicados no jornal científico Nature Medicine, proporcionando-lhe projeção mundial. A empresa protegeu seu trabalho científico com 27 patentes, das quais duas das importantes têm agora validade também nos Estados Unidos.

Trata-se da segunda descoberta sensacional da organização fundada em 1997 em Halle, no estado da Saxônia-Anhalt. Antes, a Probiodrug desenvolvera um procedimento inédito para a terapia do diabetes tipo 2, com base no qual se produzem medicamentos desde o final de 2006.