Embraer participa de buscas após queda de avião na Namíbia
30 de novembro de 2013A fabricante brasileira de aeronaves Embraer anunciou que enviará uma equipe de técnicos para ajudar nas buscas após o acidente com a aeronave Embraer 190, operada pelas Linhas Aéreas de Moçambique (LAM), nesta sexta-feira (29/11).
Ao que tudo indica, não houve sobreviventes da queda no Parque Nacional de Bwabwata, no norte na Namíbia, durante um temporal. O voo TM 470 partira pela manhã da capital moçambicana, Maputo, com destino à angolana Luanda, onde deveria aterrissar menos de quatro horas mais tarde. No entanto, em certo ponto a LAM perdeu todo o contato com o avião.
Com capacidade para 90 pessoas, ele levava seis tripulantes e 27 passageiros, entre os quais dez moçambicanos, nove angolanos, cinco portugueses, um brasileiro, um francês e um chinês. Segundo o Ministério das Relações Exteriores em Brasília, a vítima brasileira é Sérgio Miguel Pereira Soveral.
Causas sob investigação
Os destroços totalmente carbonizados da nave só foram localizados neste sábado, por avião. As autoridades namibianas já enviaram para a região pessoal encarregado de averiguar as causas do desastre.
Foi também decidida a criação de duas comissões de inquérito sobre o acidente: uma moçambicana, com representantes da LAM e do Ministério dos Transportes e Comunicação; e outra internacional, liderada pela Namíbia e incluindo membros de Moçambique e do Brasil.
O acidente é o mais grave na história da aviação civil de Moçambique, desde a misteriosa queda do avião do presidente Samora Machel em 1986, na África do Sul, quando morreram 34 pessoas.
Em seu comunicado, a Embraer lamenta o ocorrido e transmite suas condolências às famílias das vítimas e à transportadora aérea, além de garantir seu apoio às autoridades policiais que atuam nas buscas.
De acordo com a empresa brasileira, a aeronave envolvida no acidente foi entregue em novembro de 2012 à LAM, que visava modernizar sua frota, substituindo antigos aviões do tipo Boeing. No ano anterior, a União Europeia proibira a companhia moçambicana de voar em seu espaço aéreo, por razões de segurança.
AV/lusa/afp