Eleições polêmicas no Congresso Nacional
Disputas acirradas para definir comandos do Senado e da Câmara sempre trouxeram problemas à presidência da República e tiveram consequências políticas importantes na governabilidade e na pauta de votações.
Cunha, o inferno de Dilma Rousseff
Janeiro de 2015: Deputados elegem Eduardo Cunha (PMDB-RJ), por 267 votos, para presidir a Câmara. A vitória de Cunha o coloca em rota de colisão com a presidente Dilma Rousseff e o PT, que lançou Arlindo Chinaglia candidato. Dilma nunca apoiou a eleição de Cunha e foi hostilizada por ele. O peemedebista foi ator central para permitir a tramitação do impeachment de Dilma Rousseff no Congresso.
Severino, a ascensão do "baixo clero"
Fevereiro de 2005: Sem expressão política, Severino Cavalcanti (PP-PE) foi eleito presidente da Câmara com 300 votos, numa rebelião do baixo clero, parlamentares sem força política, contra o governo Lula e o PT, que tinham como candidato o petista Luiz Eduardo Greenhalg. Ele renunciou em setembro do mesmo ano ao mandato, acusado de cobrar propina para prorrogar contrato do restaurante da Casa.
Aécio e as turbulências na coalizão de FHC
Fevereiro de 2001: Aécio Neves, do PSDB, consegue articular sua candidatura à presidência da Câmara e cria embaraços ao governo de Fernando Henrique Cardoso, já que o PFL, hoje DEM, reivindicava a vaga. Aécio só conseguiu se eleger com a ajuda do PMDB. Ele venceu Inocêncio Oliveira (PFL) por 283 votos a 117. O episódio contribuiu para que o PFL, um pouco mais adiante, deixasse o governo FHC.
Jader e a derrota histórica da "Era ACM"
Fevereiro de 2001: Num duelo de titãs, o senador Jader Barbalho, que presidia o PMDB, derrota o mais poderoso político brasileiro, Antonio Carlos Magalhães, do PFL. O placar foi apertadíssimo e ele se elegeu com 41 votos dos 81 senadores. A briga entre Jader e ACM foi um dos mais tensos capítulos da história do Congresso, com pesadas trocas de acusação de corrupção e enriquecimento ilícito.