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Economia chinesa indica retomada, diz FMI

21 de março de 2020

Produção do país estaria dando sinais de normalização após o choque da covid-19 e apesar dos riscos e obstáculos ainda existentes. Órgão afirma que grandes empresas voltam a operar e funcionários retornam ao trabalho.

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Trabalhador numa fábrica opera equipamento que produz faísca
Maioria das grandes empresas retoma operações, e funcionários voltam ao trabalho na China, segundo FMIFoto: picture-alliance/Zuma/Tpg

A economia da China está mostrando sinais de normalização depois do choque causado pela crise do coronavírus e apesar dos riscos ainda existentes, segundo avaliação do Fundo Monetário Internacional (FMI).

A maioria das grandes empresas está retomando as operações, e muitos funcionários estão voltando ao trabalho, afirmou o FMI nesta sexta-feira (20/03).

O órgão, entretanto, observou ser possível que as infecções voltem a aumentar quando o tráfego de viagens nacionais e internacionais for retomado. Também a eclosão do surto em outros países e as turbulências nos mercados financeiros podem servir de obstáculos para os negócios chineses.

A desaceleração econômica na China será significativa no primeiro trimestre e também repercutirá ao longo do ano, conforme o FMI. O órgão citou o desempenho fraco da produção industrial e do mercado varejista na China em janeiro e fevereiro.

No entanto, o FMI elogiou a reação do país ao surto de vírus, afirmando que Pequim mostrou que "políticas certas fazem a diferença no combate à doença e à diminuição de seus efeitos", apesar das duras medidas econômicas. O FMI observou que a liderança em Pequim deve, portanto, se preparar para, se necessário, continuar apoiando o crescimento e a estabilidade financeira e também cooperar internacionalmente.

Neste sábado, a China teve seu terceiro dia seguido sem registrar um novo caso de infecção por coronavírus dentro no país. No entanto, o país o número de pessoas infectadas originárias do exterior subiu para  269, 41 a mais do que no dia anterior, conforme anunciado pela Comissão Nacional de Saúde. Com isso, aumentou o número total de infecções confirmadas na China para 81.008. O número de mortes aumentou em sete, chegando a 3.255. Todas as novas mortes foram registradas na província de Hubei, que foi o centro do surto de vírus na China e lugar de início da epidemia global.

No entanto, dados oficiais sobre a crise de coronavírus na China devem ser considerados com relativo ceticismo, já que é tido como certo que as autoridades chinesas tentaram inicialmente encobrir a eclosão da epidemia no país tendo, dessa forma, contribuído para uma maior disseminação do vírus.

MD/rtr/ots

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