Divas do cinema europeu do pós-guerra
Uma das mais festejadas atrizes do cinema italiano completa 90 anos: Gina Lollobrigida. Ela abriu caminho para muitas outras artistas. Veja aqui uma lista de ícones da Sétima Arte na Europa, que inclui uma brasileira.
Gina Lollobrigida: "a mulher mais bela"
Amada tanto pelo público quanto pela imprensa, a atriz italiana nasceu nos arredores de Roma em 1927 e se tornou um dos maiores nomes do cinema europeu nas décadas de 1950 e 1960. Conhecida como "Lollo", ela também conseguiu fazer sucesso em Hollywood. No início dos anos 1970, ela se retirou da vida artística, após 25 anos de carreira.
Sophia Loren: rival e arqui-inimiga
Gina Lollobrigida teve de competir com uma forte concorrente: a carreira de Sophia Loren se iniciou na mesma época. Seis anos mais nova, Loren se divertia com a disputa, enquanto afirmava seu status de símbolo sexual, alimentando ainda mais a contenda entre as duas divas. Sophia Loren continuou a trabalhar como atriz ainda por muitos anos e parece ainda apreciar os holofotes.
Claudia Cardinale: para além das fazendas
Outra atriz que logo se aliou ao rol das destemidas italianas no cinema europeu foi Claudia Cardinale. Ela atuou numa série de grandes papéis, tendo sido dirigida por alguns dos maiores diretores da Europa, como Luchino Visconti ou Federico Fellini. A talentosa morena conseguiu enaltecer ainda mais seus encantos e também a sua ousadia em clássicos do faroeste, como "Era uma vez no Oeste".
Brigitte Bardot: a mãe de todos os beicinhos
Na França, outro símbolo sexual estava avançando para novos patamares do cinema. Brigitte Bardot apresentou o melhor da "grande nação", estrelando filmes inesquecíveis, como "E Deus criou a mulher" e "Amar é minha profissão". Ela também se retirou da vida artística no início dos anos 1970, para se dedicar à proteção dos animais.
Catherine Deneuve: fascínio enigmático
Na década de 1960, Catherine Deneuve, compatriota de Bardot, começou a atrair um bom número de fãs. Seus papéis, no entanto, eram mais moderados do que aqueles de atrizes que lhe antecederam, não alimentando exclusivamente fantasias masculinas, mas levando o cinema a uma era de papéis complexos. Seu talento de interpretação lhe permitiu continuar a assumir um lugar proeminente no cinema até hoje.
Romy Schneider: beleza trágica
Os anos 1960/70 foram a era de ouro de Romy Schneider. Nascida em Viena, a atriz ganhou fama no papel de Sissi, a imperatriz da Áustria. Mais tarde, ela se mudou para a França, onde se tornou uma das artistas mais carismáticas e proeminentes do cinema europeu. Mas a sua vida privada foi tudo menos feliz. Em 1982, Romy Schneider morreu em circunstâncias trágicas.
Pénelope Cruz: emoções na tela
Uma das maiores estrelas femininas do continente europeu vem da Espanha: nascida em 1974, Pénelope Cruz ganhou fama em seu país de origem antes de conquistar a Europa e Hollywood. Ela desempenhou uma série de performances brilhantes – especialmente trabalhando com um de seus diretores favoritos, Pedro Almodóvar, como aqui em "Volver".
Irene Papas: um ícone grego
Atrizes de outros países europeus também souberam conquistar o coração do público em todo o continente nas décadas do pós-guerra. Entre elas, estava Irene Papas. A atriz, que também é festejada como grande cantora em seu país de origem, a Grécia, alcançando seu maior sucesso internacional em 1964 com "Zorba, o Grego". Ela atuou em diversos filmes europeus, como também em Hollywood.
Tatiana Samoilova: beleza russa
Embora o público na Europa Ocidental estivesse focado em filmes italianos, franceses, alemães e britânicos, também existiram ícones da Sétima Arte em países da Europa Oriental. A maior estrela do cinema russo do pós-guerra foi Tatiana Samoilova, que festejou sucesso mundial com a película "Os guindastes estão voando", de 1957.
Krystyna Janda: uma estrela intelectual
A Polônia é o país de origem de excelentes atrizes de sucesso internacional. Na década de 1970, Krystyna Janda ganhou fama por suas participações em filmes dirigidos pelo compatriota Andrzej Wajda, seguidos de coproduções internacionais ao lado de estrelas como Lino Ventura. Em seu país, ela também é conhecida como cantora e autora.
Florinda Bolkan: uma pantera brasileira
Natural do Ceará, Florinda Bolkan foi uma das maiores estrelas do cinema europeu nos anos 1970. Assim como Sophia Loren e Claudia Cardinale, recebeu três vezes o David di Donatello, Oscar do cinema italiano. Foi comissária da Varig até ser descoberta por Luchino Visconti. Na foto, vê-se Bolkan em "Investigação sobre um cidadão acima de qualquer suspeita". Hoje, ela vive entre a Itália e o Brasil.