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Dilma pede engajamento de todos no combate ao zika

4 de fevereiro de 2016

Em cadeia nacional, presidente convoca brasileiros para se engajarem na "luta urgente" contra o mosquito Aedes aegypti. Ela promete que governo federal ajudará famílias de crianças atingidas por microcefalia.

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Foto: picture alliance/ZUMA Press/M. Camargo

Em cadeia nacional de rádio e televisão, a presidente Dilma Rousseff fez, nesta quarta-feira (03/02), uma convocação a todos os brasileiros para que se engajem no que chamou de "luta urgente" contra o mosquito Aedes aegypti, transmissor do vírus zika.

Por meio de uma gravação em vídeo, exibida em todos os canais abertos de televisão, Dilma insistiu que o "principal instrumento" de combate ao mosquito é evitar o nascimento do inseto. No pronunciamento, ela disse que queria transmitir uma "palavra especial de conforto" às mulheres grávidas, garantindo que o governo federal fará "absolutamente tudo" para apoiar as crianças atingidas por microcefalia, malformação em bebês possivelmente está relacionada ao vírus.

"Convoco cada um de vocês para lutarmos juntos contra a propagação do mosquito transmissor do vírus zika", invocou a presidente, dizendo que o vírus se tornou uma "ameaça real aos lares de todos os brasileiros".

"A guerra contra o mosquito transmissor do zika é complexa, porque deve ser travada em todos os lugares e, por isso, exige engajamento de todos. Se nos unirmos, a maneira de lutar se torna simples. Não podemos admitir a derrota porque a vitória depende da nossa determinação em eliminar os criadouros", afirmou a presidente.

Usando palavras como "repito" e "insisto" para enfatizar o apelo, Dilma pediu "cuidado contínuo" aos cidadãos: "em nossas casas, em nosso trabalho, nas nossas escolas, nos logradouros públicos, em todos os lugares, para que estes não se transformem em lares para o mosquito transmissor do vírus zika".

"O governo está colocando todos os recursos financeiros, tecnológicos e humanos necessários nesta luta em defesa da vida", acrescentou a presidente. Ela mencionou, em seguida, parcerias internacionais que o governo brasileiro tem feito para o desenvolvimento de vacina contra o zika "o mais depressa possível". Uma das pesquisas já foi acertada com o presidente dos Estados Unidos, Barack Obama.

Ações coordenadas

Embora tenha informado que mais de dois terços dos criadouros estejam nas residências, a presidente disse que "todos os prédios do governo" serão inspecionados. Na mensagem, ela lembrou a ação que será feita no próximo dia 13, quando 220 mil homens das Forças Armadas percorrerão 356 municípios em busca de focos do inseto e para conscientizar os moradores.

"Vamos nos espalhar por todo território nacional e, junto com os agentes de endemia e de saúde, junto com você, vamos visitar o máximo possível de casas, para destruir os criadouros do mosquito."

Dilma afirmou que precisará da ajuda de todos e, se dirigindo à população, pediu que colaborem e mobilizem famílias e a comunidade. "Formemos um grande exército de paz e de saúde, com a participação dos 204 milhões de brasileiros e brasileiras. Vamos provar, mais uma vez, que o Brasil é forte, tem um povo consciente e não será derrotado por um mosquito e pelo vírus que ele carrega."

Microcefalia

Ao se referir às "mulheres brasileiras, principalmente às mães e às futuras mamães", a presidente disse querer transmitir uma palavra de conforto. "Faremos tudo, absolutamente tudo, que estiver ao nosso alcance para protegê-las. Faremos tudo, absolutamente tudo, para apoiar as crianças atingidas pela microcefalia e suas famílias."

No fim do ano passado, o Ministério da Saúde estabeleceu a relação entre o aumento da microcefalia no Nordeste do país e a infecção por zika. Segundo Dilma, o governo federal está mobilizando as redes de saúde, de assistência e "todos os recursos necessários" para apoiar as famílias que conceberem crianças com microcefalia. "Por favor, ajudem-nos a lhes proteger."

PV/abr/ots