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Dilma diz que crise política não afetará Jogos Olímpicos

3 de maio de 2016

No que será possivelmente seu último ato ligado ao evento, presidente prefere a discrição e faz apenas citações rápidas à situação que o Brasil atravessa: "Sabemos das dificuldades políticas que existem."

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Foto: Getty Images/AFP/E. Sa

Veja imagens da Tocha Olímpica em Brasília

O Brasil receberá bem os atletas e visitantes que virão ao país para os Jogos Olímpicos do Rio apesar da instabilidade política, afirmou nesta terça-feira (03/05) a presidente Dilma Rousseff durante a cerimônia de chegada da Chama Olímpica.

Em um discurso breve no Palácio do Planalto, Dilma fez apenas citações rápidas à situação que o Brasil atravessa. Ela disse ter certeza de que "um país onde o povo sabe lutar por seus direitos e preza pela sua democracia" organizará Jogos Olímpicos de grande sucesso.

"Sabemos das dificuldades políticas que existem em nosso país hoje, conhecemos a instabilidade política. O Brasil será capaz de, mesmo convivendo com um período difícil, muito difícil, verdadeiramente crítico da nossa história e da história da democracia em nosso país, saberá conviver, porque temos todas as condições para isso, com a melhor recepção de todos os atletas e todos os visitantes estrangeiros”, afirmou a presidente.

Prestes a ser temporariamente afastada pelo Senado, com a abertura do seu processo de impeachment, o que deve ocorrer até meados deste mês, a presidente dificilmente será a chefe de Estado na abertura dos Jogos. Na semana passada, em entrevista à CNN, ela disse que ficaria muito triste se não participasse da cerimônia.

Durante a cerimônia desta terça, em dois momentos ensaiaram-se gritos de “não vai ter golpe” e “Dilma, guerreira do povo brasileiro”, mas foram rapidamente cortados pelo locutor e claramente desagradaram à presidente.

No que será possivelmente seu último ato ligado à Olimpíada como presidente, Dilma preferiu a discrição.

Percurso pelo Brasil

No Palácio do Planalto, a Chama Olímpica alimentará a primeira Tocha Olímpica Rio 2016. De lá, a tocha começará sua viagem pelas cinco regiões do país. Ao longo de 95 dias, o roteiro incluirá 327 cidades e 12 mil condutores até chegar, em 5 de agosto, ao Maracanã, onde será acesa a Pira Olímpica e celebrada a cerimônia de abertura dos Jogos Olímpicos do Rio de Janeiro.

Segundo os organizadores, o percurso da tocha no Distrito Federal incluirá mais de 118 quilômetros, passando por prédios do governo e vários pontos turísticos da capital federal. Além do Palácio do Planalto, a tocha passará pela Câmara e pelo Senado, pela Catedral Metropolitana e pela Igrejinha na Asa Sul.

Entre os condutores da tocha em Brasília estão a jogadora de vôlei Fabiana Claudino, o campeão mundial de surfe Gabriel Medina, o matemático Artur Ávila Cordeiro de Melo, a jogadora de vôlei Paula Pequeno, o ex-maratonista Vanderlei Cordeiro de Lima e a menina Hanan Khaled Daqqah, de 12 anos, refugiada síria que vive no Brasil.

Chegada a Brasília

A Chama Olímpica chegou nesta terça-feira ao aeroporto de Brasília. O símbolo dos jogos entrou no espaço aéreo brasileiro às 7h10, e o avião da empresa Latam, procedente da Suíça, pousou às 7h25. A aeronave foi escoltada por dois caças da Força Aérea Brasileira.

A chama fora acesa no dia 21 de abril, em frente ao Templo de Hera, localizado nas ruínas da cidade grega de Olímpia, a partir de raios solares, seguindo um ritual que usa uma espécie de espelho côncavo, chamado skaphia.

Após percorrer algumas cidades gregas – entre elas Atenas – a Chama Olímpica seguiu até Genebra, na Suíça, para uma cerimônia na ONU, seguindo então para o Museu Olímpico, localizado em Lausanne, onde fica a sede do Comitê Olímpico Internacional.

AS/abr/rtr/afp