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Dezenas de civis morrem em nova onda de atentados na Nigéria

23 de julho de 2015

Explosões em mesquita, ponto de ônibus e mercado matam ao menos 37 pessoas no nordeste do país. Ataques do Boko Haram somam cerca de 430 mortes somente em julho. Presidente Buhari pede aos EUA por envio de mais armas.

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Foto: picture-alliance/dpa

Ao menos 37 pessoas foram mortas em três explosões distintas na cidade de Gombe, no nordeste da Nigéria, comunicaram autoridades nigerianas nesta quinta-feira (23/07). Os agressores, que ocorreram na noite de quarta-feira, visaram uma mesquita, um ponto de ônibus e um pequeno mercado.

Durante esta quinta-feira, autoridades nigerianas convocaram a população para doações de sangue urgentes – os atentados deixaram 105 pessoas feridas. Estima-se que a contagem de mortos deve subir.

Esta é a segunda série de ataques suicidas em Gombe em menos de uma semana. Na sexta-feira, duas explosões causaram a morte de aproximadamente 50 pessoas.

Embora nenhuma organização terrorista tenha imediatamente reivindicado a autoria pelos atentados, as explosões ostentam as marcas do grupo islâmico Boko Haram, que já matou milhares de pessoas durante sua luta para estabelecer um califado no nordeste da Nigéria.

A série de ataques atribuídos ao Boko Haram matou cerca de 430 pessoas somente no mês de julho. O grupo jihadista impulsionou seus esforços após o novo presidente da Nigéria, Muhammadu Buhari, ter chegado ao poder no fim de março. Buhari, um ex-general do Exército nigeriano, prometeu derrotar a insurgência.

Buhari pede aos EUA por mais armas

O presidente inclusive voltou à capital Abuja, nesta quinta-feira, depois de uma vista de quatro dias aos Estados Unidos. Durante sua viagem diplomática, Buhari pediu às autoridades americanas para encontrar uma maneira de contornar a chama Lei Leahy, que limita as vendas de armas para exércitos suspeitos de graves violações de direitos humanos.

"A aplicação da Lei Leahy [...] tem ajudado e incitado o grupo terrorista Boko Haram no prosseguimento de sua ideologia extremista e de ódio, nos assassinatos indiscriminados e nas mutilações de civis, em violações de mulheres e meninas, e em outros crimes hediondos", disse o presidente nigeriano.

Buhari argumentou que as forças nigerianas foram "em grande parte impotente" contra o Boko Haram devido à falta de armamento adequado. Por outro lado, a Anistia Internacional afirma que as Forças Armadas da Nigéria são responsáveis pela morte de oito mil detentos.

PV/ap/dpa/epd