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Deutsche Bank conclui reestruturação e anuncia queda no lucro

(ns)31 de janeiro de 2002

A diretoria do Deutsche Bank passará a ter 5 membros em vez de 8. Nos últimos meses de sua gestão, o presidente Rolf Breuer anunciou um lucro bruto de 1,8 bilhão de euros em 2001, bem inferior ao do ano anterior.

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A sede do Deutsche Bank em FrankfurtFoto: AP

O lucro bruto do Deutsche Bank, maior banco alemão, caiu de 6,9 bilhões de euros em 2000 para 1,8 bilhão de euros em 2001. As causas, além da queda nas bolsas de valores, foram: maiores provisões de risco para os créditos concedidos à Argentina, as falências do gigante norte-americano Enron e da companhia aérea Swissair, bem como a reavaliação das participações em empresas.

Ao apresentar o balanço, nesta quinta-feira, em Frankfurt, seu presidente, Rolf Breuer, considerou "robusto" o lucro, em comparação com o de outros bancos alemães. Sem o efeito extraordinário das amortizações e a adoção do método norte-americano de balancete US-GAAP, o lucro teria diminuído somente 26%. Por isso, o banco pagará os dividendos previstos de 1,30 euro aos acionistas, no total de 808 milhões de euros. A ação do Deutsche Bank valorizou-se 2%, sendo cotada em 72 euros.

Novo presidente reestrutura o banco

Breuer, que deixa o cargo em maio, passando ao conselho administrativo, será substituído pelo suíço Joseph Ackermann. Ele assume em 22 de maio a presidência do banco, após vencer a disputa interna nos altos escalões. Ela girou principalmente em torno da reestruturação do banco, provocou muitas controvérsias nas últimas semanas e culminou na saída do diretor Thomas Fischer. Ackermann conseguiu impor uma redução da diretoria de oito para cinco membros e a criação de um "comitê executivo" do qual também participam outros executivos. Isso foi interpretado por alguns como uma "americanização" do banco.

Empregos e custos - O diretor de recursos humanos Tessen von Heydebreck não exclui o corte de mais empregos. Até meados de 2003 deverão ser concluídos os planos anunciados em novembro, que previam o corte de 9200 empregos de um total de 97 mil. Diante de custos que estagnaram, mas não diminuíram, o presidente do Deutsche Bank anunciou que pretende reduzir os gastos em 2 bilhões de euros. Tranqüilizando os funcionários, Rolf Breuer confirmou que a sede do banco continuará sendo em Frankfurt. Em meio às incertezas das últimas semanas, surgiram boatos de que ela seria transferida para Londres.