O coletivo "Baila Capucha Baila" (em tradução livre "Dance, encapuzada, dance") foi fundado em novembro de 2019 durante os protestos contra as desigualdades sociais no Chile. O acessório protege as mulheres do gás lacrimogêneo em caso de intervenção policial, e também é uma forma de manter o anonimato. “Essa se tornou a marca registrada do nosso coletivo. Para esconder a nossa identidade, mas mais que isso, protegê-la, porque há muita perseguição política já desde antes dos protestos. E formar um coletivo é unificar os rostos. Quando protesto, não sou Munay, sou parte do coletivo”, conta uma das quatro fundadoras do grupo. Por meio da dança, o coletivo dá um exemplo de autoconhecimento, autoconfiança e sonoridade. “Aprendemos sobre feminismo, a nos amar, a não sermos competitivas com outras mulheres. Aprendemos a encontrar um núcleo onde podemos nos expressar e sermos nós mesmas”, comenta Laura.