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Cético da vacina mata família na Alemanha

7 de dezembro de 2021

Homem matou esposa e três filhas e depois cometeu suicídio. Segundo a polícia, assassino disse em bilhete que temia sofrer consequências após empregador descobrir que ele havia falsificado certificado de vacinação.

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Policiais em frente à casa onde cinco pessoas de uma família foram encontradas mortas na Alemanha
Empregador da esposa descobriu a falsificação do certificado de vacinação contra covid-19 e ameaçou com ação legalFoto: Patrick Pleul/dpa-Zentralbild/picture alliance

A polícia do estado de Brandemburgo, no nordeste da Alemanha, comunicou nesta terça-feira (07/12) ter descoberto um possível motivo para a morte de uma família de cinco pessoas ocorrida no fim de semana e que chocou o município de Königs Wusterhausen.

Os promotores encarregados do caso afirmaram que acreditam que o pai, de 40 anos, matou a esposa, também de 40 anos, e suas três filhas de 4, 8 e 10 anos, antes de cometer suicídio.

Depois de vasculhar a residência, a polícia encontrou uma nota supostamente escrita pelo pai da família. Na carta, ele explicou que havia falsificado um certificado de vacinação contra a covid-19 para sua esposa apresentar ao empregador. Ainda segundo a carta, o empregador descobriu a falsificação e ameaçou com uma ação legal. O assassino afirmou no bilhete que temia ser preso e perder a guarda dos filhos.

A polícia foi alertada no sábado, quando testemunhas descobriram os corpos sem vida da família dentro da casa, localizada no distrito de Senzig, em Königs Wusterhausen, cerca de 40 quilômetros a sudeste de Berlim.

Todos os cinco membros da família estavam com ferimentos à bala e uma arma de fogo foi encontrada dentro da casa. As autoridades acrescentaram que, aparentemente, nem o pai e nem a mãe tinham licença para porte de arma de fogo.

Entrave jurídico sobre falsificação de vacinação

Na Alemanha, a legislação não previa punições relacionadas à apresentação de certificados de vacinação falsificados – apenas médicos poderiam ser perseguidos juridicamente.

No entanto, entrou em vigor em 24 de novembro uma alteração aprovada pelo Parlamento alemão – dependendo do grau da contravenção e o propósito, a pena pode ser uma multa ou uma pena máxima de cinco anos de prisão, neste caso englobado no direito criminal por falsificação de documentos.

Tribunais na Baixa-Saxônia e na Renânia do Norte-Vestfália rejeitaram que o certificado de vacinação possa ser considerado um documento oficial e determinaram que a apresentação de certificados falsificados de vacinação só é passível de punição quando apresentados a autoridades ou seguradoras – e não em restaurantes, farmácias ou empregadores. Posteriormente, o tribunal superior estadual da Baixa-Saxônia contradisse o tribunal local e decretou que, sim, obter e apresentar certificado falsificado é considerado crime. Ainda carece na Alemanha uma determinação de uma instância jurídica superior.   

pv (dpa, AFP, ots)