Cético da vacina mata família na Alemanha
7 de dezembro de 2021A polícia do estado de Brandemburgo, no nordeste da Alemanha, comunicou nesta terça-feira (07/12) ter descoberto um possível motivo para a morte de uma família de cinco pessoas ocorrida no fim de semana e que chocou o município de Königs Wusterhausen.
Os promotores encarregados do caso afirmaram que acreditam que o pai, de 40 anos, matou a esposa, também de 40 anos, e suas três filhas de 4, 8 e 10 anos, antes de cometer suicídio.
Depois de vasculhar a residência, a polícia encontrou uma nota supostamente escrita pelo pai da família. Na carta, ele explicou que havia falsificado um certificado de vacinação contra a covid-19 para sua esposa apresentar ao empregador. Ainda segundo a carta, o empregador descobriu a falsificação e ameaçou com uma ação legal. O assassino afirmou no bilhete que temia ser preso e perder a guarda dos filhos.
A polícia foi alertada no sábado, quando testemunhas descobriram os corpos sem vida da família dentro da casa, localizada no distrito de Senzig, em Königs Wusterhausen, cerca de 40 quilômetros a sudeste de Berlim.
Todos os cinco membros da família estavam com ferimentos à bala e uma arma de fogo foi encontrada dentro da casa. As autoridades acrescentaram que, aparentemente, nem o pai e nem a mãe tinham licença para porte de arma de fogo.
Entrave jurídico sobre falsificação de vacinação
Na Alemanha, a legislação não previa punições relacionadas à apresentação de certificados de vacinação falsificados – apenas médicos poderiam ser perseguidos juridicamente.
No entanto, entrou em vigor em 24 de novembro uma alteração aprovada pelo Parlamento alemão – dependendo do grau da contravenção e o propósito, a pena pode ser uma multa ou uma pena máxima de cinco anos de prisão, neste caso englobado no direito criminal por falsificação de documentos.
Tribunais na Baixa-Saxônia e na Renânia do Norte-Vestfália rejeitaram que o certificado de vacinação possa ser considerado um documento oficial e determinaram que a apresentação de certificados falsificados de vacinação só é passível de punição quando apresentados a autoridades ou seguradoras – e não em restaurantes, farmácias ou empregadores. Posteriormente, o tribunal superior estadual da Baixa-Saxônia contradisse o tribunal local e decretou que, sim, obter e apresentar certificado falsificado é considerado crime. Ainda carece na Alemanha uma determinação de uma instância jurídica superior.
pv (dpa, AFP, ots)