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Descoberta câmara subterrânea em pirâmide em Teotihuacan

25 de outubro de 2018

Arqueólogos acreditam que local era usado em rituais da antiga civilização que habitou o Vale do México. Câmara está localizada a oito metros abaixo de pirâmide.

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Pirâmide da Lua em Teotihuacan
Túnel liga câmara em Pirâmide da Lua ao sul da Praça da Lua Foto: picture-alliance/imageBROKER/FB-Fischer

Arqueólogos confirmaram a existência de uma câmara subterrânea e um túnel embaixo da Pirâmide da Lua localizada no sítio arqueológico de Teotihuacan, localizado a 48 quilômetros a nordeste da Cidade do México, anunciou nesta quarta-feira (24/10) o Instituto Mexicano de Antropologia e História (INAH).

Pesquisadores acreditam que o espaço teria sido usado em rituais. A câmara está localizada a oito metros abaixo da pirâmide, tem 15 metros de diâmetro e é ligada a um túnel que termina no sul da Praça da Lua.

Segundo a diretora do projeto de conservação da Praça da Lua, Verónica Ortega, a pesquisa que localizou a câmara está investigando o espaço ritual ligado ao submundo que dava sacralidade à antiga cidade. "Esses grandes complexos de oferendas constituem o núcleo sagrado de Teotihuacan", ressalta.

Ortega afirma que o material que será encontrado nesta câmara poderá a ajudar a desvendar as relações dessa antiga metrópole com outras da Mesoamérica, região cultural que se estendeu do centro do México até a Costa Rica.

Além do túnel na Praça da Lua, arqueólogos acreditam que haja outra entrada para a câmara no lado leste. Essa descoberta confirmaria que a civilização de Teotihuacan reproduziu os mesmos padrões de túneis  em seus grandes monumentos.

No ano passado, estudos indicaram a existência desta câmara, no entanto, sua confirmação só foi possível depois de uma pesquisa feita em colaboração com o Instituto de Geofísica da Universidade Nacional Autônoma do México (Unam).

A civilização de Teotihuacan surgiu mil anos antes dos astecas e viveu entre 100 a.C. e 650 d.C. A cidade é considerada a sede da civilização clássica no Vale do México. Na primeira metade do milênio d.C., chegou a ter 160 mil habitantes, o que a tornou a maior metrópole da América pré-colombiana.

Os costumes da cidade, que contava, entre outros, com sistema de canalização de água, influenciaram outros povos da região, como os maias, que habitavam montanhas situadas a mil quilômetros dali.

CN/efe/ots

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