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Cármen Lúcia diz que democracia é o único caminho

30 de maio de 2018

Sem mencionar greve dos caminhoneiros, presidente do STF afirma que crises são solucionadas com a união de todas as instituições e poderes e diz que sociedade não deve esquecer passado autoritário.

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Cármen Lúcia
Cármen Lúcia fez discurso ao abrir sessão plenária do Supremo Tribunal FederalFoto: Reuters/A. Machado

Ao abrir a sessão plenária do Supremo Tribunal Federal (STF) nesta quarta-feira (30/05), a presidente Cármen Lúcia afirmou que a democracia é o único caminho para solucionar a crise que o país enfrenta.

"Também as democracias vivem crises. Mas dificuldades se resolvem com a aliança dos cidadãos, e a racionalidade, objetividade e trabalho de todas as instituições, de todos os poderes. A democracia não está em questão. Não há escolha de caminho. A democracia é o único caminho legítimo", destacou a ministra.

Greve dos caminhoneiros chega ao 10º dia

Cármen Lúcia não mencionou diretamente a paralisação dos caminhoneiros, que alcançou o seu décimo dia, mas o discurso fez referências à crise de abastecimento e ao pedido de alguns dos integrantes do movimento de uma intervenção militar.

"A construção permanente do Brasil é nossa, e ela é permanente, democrática e comprometida com a ética", destacou a ministra. Cármen Lúcia ressaltou que o direito brasileiro oferece soluções para a atual crise e afirmou que a sociedade não deve esquecer o passado de "regimes sem direitos", em referência à ditadura.

"Não temos saudade senão do que foi bom na vida pessoal e em especial histórico de nossa pátria. Regimes sem direitos são passados de que não se pode esquecer, nem de que se queira lembrar", afirmou.

A presidente do STF defendeu ainda o respeito aos direitos fundamentais e o combate à corrupção, além de lembrar que o Judiciário trabalha para garantir o direito dos brasileiros durante o período de crise. "Há de ter seriedade e também manter a esperança", destacou. 

Apesar de um acordo alcançado entre caminhoneiros e governo nesta segunda-feira, a paralisação continua nas estradas do país. Segundo o ministro de Segurança Pública, Raul Jungmann, há atualmente 540 pontos de concentração do movimentos nas rodovias e dois bloqueios totais.

CN/abr/ots

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