Cronologia da briga nuclear com a Coréia do Norte
10 de fevereiro de 2005O governo da Coréia do Norte admitiu, nesta quinta-feira (10/02), que possui armas nucleares e, ao mesmo tempo, anunciou que abandona as negociações internacionais para resolver pacificamente a crise. A notícia alarmou a comunidade internacional. Os EUA prevêem um crescente isolamento do país asiático. A Rússia, China e Alemanha pressionam o governo em Pyongyang a voltar à mesa de negociações. Leia a seguir uma cronologia da crise.
1985: A Coréia do Norte assina o Tratado de Não-Proliferação de Armas Nucleares.
21.10.1994: EUA e Coréia do Norte assinam um acordo em Genebra, na Suíça, pelo qual Pyongyang se compromete a suspender seu programa nuclear. Em contrapartida, Washington promete fornecer petróleo e dar apoio à construção de reatores de água leve.
31.08.1998: Um míssil atômico norte-coreano cruza o espaço aéreo japonês e cai no Pacífico. Coréia do Norte desmente a realização de testes nucleares.
29.01.2002: Em seu discurso à nação, o presidente dos EUA, George W. Bush, diz que a Coréia do Norte, Irã e Iraque formam o "eixo do mal", acusando-os de possuírem armas de extermínio em massa.
10.10.2002: EUA dizem que Coréia do Norte admitiu ter um programa nuclear secreto.
11.11.2002: EUA, União Européia e Japão suspendem fornecimento de petróleo à Coréia do Norte.
Dezembro de 2002: A Agência Internacional de Energia Atômica (AIEA) denuncia que a Coréia do Norte desligou equipamentos de monitoramento na usina de Yongbyon. Pyongyang diz que pretende reativar seu reator para produzir eletricidade. Os EUA e outros países condenam a medida. Coréia se diz pronta para uma guerra entre Seul e Washington.
27.12.2002: A Coréia do Norte expulsa os inspetores da AIEA.
10.01.2003: A Coréia do Norte abandona o Tratado de Não-Proliferação de Armas Nucleares.
05.02.2003: O reator da usina de Yongbyon é reativado.
02.03.2003: Pela primeira vez desde 1969, aviões de caça norte-coreanos perseguem aviões dos EUA.
12.02.2003: A Coréia do Norte anula o acordo sobre a zona livre de armas atômicas com a Coréia do Sul.
18.06.2003: Pyongyang admite pela primeira vez publicamente a existência de seu programa nuclear.
27-29.08.2003: Fracassa a primeira rodada de negociações multilateriais em Pequim entre China, Rússia, EUA, Japão, Coréia do Norte e Coréia do Sul.
03.09.2003: O parlamento norte-coreano aprova a formação de uma "força armada para intimidação nuclear".
02.10.2003: A Coréia do Norte admite que usa cerca de oito mil barras de combustível nuclar para produzir bombas atômicas.
19.10.2003: Bush oferece garantias de segurança se a Coréia do Norte desistir de seu programa nuclear, mas rejeita um pacto de não-agressão, o que leva Pyongyang a recusar a oferta.
25-28.02.2004: Fracassa também a segunda rodada de negociações multilateriais em Pequim.
23.26.06.2004: A terceira rodada de negociações multilateriais em Pequim também fracassa.
14.09.2004: A Coréia do Norte rejeita um novo encontro multinacional antes das eleições nos EUA.
14.01.2005: Em tom surpreendentemente conciliador, a Coréia do Norte se diz disposta a uma retomada das negociações sobre seu programa nuclear.
10.02.2005: O governo da Coréia do Norte admite dispor de armas nucleares e, ao mesmo tempo, anuncia que abandona as negociações internacionais para resolver pacificamente a crise.