União Europeia
23 de junho de 2011Os chefes de Estado e de governo dos 27 países da União Europeia (UE) se reúnem em Bruxelas nestas quinta (23/06) e sexta-feira para debater um segundo pacote de emergência para a Grécia.
Antes da reunião, a chanceler federal alemã, Angela Merkel, saudou o voto de confiança do Parlamento grego ao primeiro-ministro George Papandreou, mas salientou que os cortes nos gastos são "uma condição importante" para a ajuda ao país.
Ao discursar diante de uma comissão parlamentar alemã, a chanceler disse que as nações da zona do euro que estão ajudando a Grécia desejam que a oposição conservadora do país apoie a política de austeridade do primeiro-ministro grego.
O gabinete de Papandreou aprovou na quarta-feira um plano de austeridade de cinco anos, o primeiro passo para oficializar os cortes de orçamento. O Parlamento tem ainda que aprovar a lei, para que Grécia possa receber a próxima parcela dos 110 bilhões de euros do pacote de empréstimo concedido por UE e Fundo Monetário Internacional (FMI).
Se Atenas agir, o dinheiro fluirá
Papandreou esteve em Bruxelas no início desta semana para assegurar que seu governo está fazendo tudo o que pode para chegar a um consenso em torno do seu programa de austeridade. "Gostaria de dizer que estamos determinados como país e como governo a implementar o programa, e espero que o Parlamento grego aprove o pacote", disse.
O presidente da Comissão Europeia, José Manuel Durão Barroso, comentou que a Grécia também precisa de apoio interno para as medidas de austeridade se quiser um segundo empréstimo da UE.
"Na próxima semana, será o momento da verdade, em que a Grécia precisa demonstrar que está amplamente comprometida com o ambicioso pacote de novas medidas fiscais e privatizações apresentado pelo governo do primeiro-ministro Papandreou", disse. "Minha mensagem é clara: se Atenas agir, a Europa entregará."
A grande dívida da Grécia faz credores internacionais temerem que o país não seja capaz de pagar os títulos do governo. O empréstimo da UE e do FMI parece não ser suficiente para manter a solvência do governo.
Adesão da Croácia
O ministro do Exterior húngaro, Janos Martonyi, cujo país detém a presidência rotativa da UE até o final do mês, disse que ministros do Exterior da UE sugeriram na segunda-feira que os líderes europeus finalizem em breve as negociações para a entrada da Croácia no bloco.
"As questões pendentes já estão sendo discutidas e resolvidas, de forma que agora há uma boa chance de que as negociações de adesão sejam concluídas até a meia-noite de 30 de junho", disse. Isso permitiria que a Croácia se tornasse o 28º membro da UE já em 1º de julho de 2013.
Autor: Christoph Hasselbach (md)
Revisão: Roselaine Wandscheer