Corte de Luxemburgo condena informantes do LuxLeaks
29 de junho de 2016Os dois informantes por trás do escândalo financeiro LuxLeaks foram condenados nesta quarta-feira (29/06) a penas de prisão com suspensão condicional (sursis), depois de uma corte de Luxemburgo considerar culpados pelo vazamento de documentos.
O escândalo LuxLeaks veio à tona em 2014, quando uma equipe internacional de jornalistas investigativos informou que autoridades fiscais de Luxemburgo ajudaram mais de 340 multinacionais, incluindo Pepsi, Ikea e Deutsche Bank, a evitar o pagamento de bilhões de euros em impostos.
O principal acusado, Antoine Deltour, um francês de 31 anos e ex-funcionário da consultoria PricewaterhouseCoopers, foi condenado a 12 meses de prisão com suspensão condicional da pena pelo vazamento de 45 mil páginas de acordos confidenciais.
Seu ex-colega Raphael Halet, de 40 anos e também francês, recebeu nove meses de prisão com suspensão condicional da pena. Os dois também foram condenados a pagar multas, de 1.500 euros para Deltour e de 1.000 euros para Halet. Ambos disseram que iriam recorrer na Justiça.
O terceiro acusado, o jornalista francês Edouard Perrin, de 45 anos, foi inocentado de todas as acusações.
Os fatos relatados no escândalo LuxLeaks ocorreram quando Jean-Claude Juncker, atual presidente da Comissão Europeia, era primeiro-ministro do Luxemburgo, entre 1995 e 2013.
AS/dpa/rtr/afp/lusa