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PolíticaCoreia do Norte

Coreia do Norte envia aviões militares a fronteira com Sul

6 de outubro de 2022

Após lançar mais dois mísseis balísticos, regime norte-coreano enviou 12 aeronaves militares para a fronteira com a Coreia do Sul, afirma governo em Seul. Pyongyang admite ser retaliação.

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 Kim Jong-Un
Regime de Kim Jong-Un admitiu que recentes lançamentos de mísseis balísticos são retaliação a exercícios militares da Coreia do Sul e EUAFoto: KCNA/AP/picture alliance

A Coreia do Sul afirmou que 12 aviões militares da Coreia do Norte voaram perto da fronteira entre os dois países nesta quinta-feira (06/10), horas depois do lançamento de mais dois mísseis balísticos pelo regime norte-coreano.

Segundo os sul-coreanos, oito caças e quatro bombardeiros do Norte voaram em formação. Em resposta, o governo em Seul enviou 30 aeronaves militares.

Novos lançamentos de mísseis

Este foi o sexto lançamento do tipo realizado por Pyongyang em 12 dias. Nesta quinta-feira, a Coreia do Norte lançou mais dois mísseis balísticos de curto alcance em direção a suas águas na costa leste, onde fica o Mar do Japão, depois de os Estados Unidos terem destacado um porta-aviões para perto da Península da Coreia.

Boletim de Notícias (04/10/22)

O destacamento americano foi resposta ao lançamento anterior de de um míssil de capacidade nuclear sobre o Japão.  Na terça-feira, um míssil norte-coreano também sobrevoou o território japonês,

Os últimos lançamentos de mísseis sugerem que o líder norte-coreano, Kim Jong-un, está determinado a continuar com os testes de armas destinados a impulsionar seu arsenal nuclear, desafiando as sanções internacionais.

Diversos especialistas creem que o objetivo de Kim seja ganhar o reconhecimento dos EUA como um Estado nuclear e o consequente levantamento das sanções, embora a comunidade internacional não tenha dado sinais de isso possa vir a acontecer.

Coreia do Norte admite retaliação

Os últimos mísseis foram lançados com 22 minutos de diferença, caindo entre a Península da Coreia e o Japão, comunicou o chefe do Estado-Maior Conjunto da Coreia do Sul.

Os detalhes foram semelhantes às avaliações anunciadas pelo Ministério da Defesa do país, confirmando que os mísseis não atingiram a zona econômica exclusiva do país.

O Ministério do Exterior da Coreia do Norte admitiu que os recentes lançamentos de mísseis balísticos são medidas de retaliação aos exercícios militares conjuntos conduzidos por Seul e Washington na região. 

Na quarta-feira, no Conselho de Segurança das Nações Unidas, a Rússia e a China negaram-se a pronunciar uma condenação geral do teste da Coreia do Norte com míssil balístico que sobrevoou o território do Japão.

Excetuando Moscou e Pequim, todos os membros do Conselho de Segurança criticaram o lançamento do míssil norte-coreano, afirmando terem sido violadas várias resoluções das Nações Unidas.

as/av (Lusa, AP)