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Coreia do Norte corta linha de comunicação com o sul

27 de março de 2013

Linha é usada para o controle de tráfego num complexo industrial localizado no norte e que emprega centenas de trabalhadores da Coreia do Sul. Corte anterior foi em 2009.

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Foto: AFP/Getty Images

A Coreia do Norte cortou nesta quarta-feira (27/03) a linha de comunicação direta com a Coreia do Sul, marcando um novo acirramento da já elevada tensão militar entre os dois países. A linha é essencial para a operação do símbolo que ainda resta na cooperação entre as duas Coreias: um complexo industrial no norte que emprega centenas de trabalhadores do sul.

O complexo fica perto da fronteira e é operado conjuntamente pelos dois países. A linha é usada para organizar o movimento de pessoas e veículos. Segundo a agência de notícias sul-coreana Yonhap, o tráfego no local era normal nesta quarta-feira. A agência lembrou, porém, que o tráfego é organizado com três dias de antecedência.

Não é a primeira vez que a Coreia do Norte corta a linha. O caso anterior ocorreu em 2009 e, na ocasião, muitos sul-coreanos ficaram presos do outro lado da fronteira.

A decisão coincidiu com o anúncio da realização, nos próximos dias, de uma reunião de alto nível dos dirigentes norte-coreanos. O objetivo, segundo Pyongyang, será tratar "questões importantes", mas detalhes não foram revelados.

"Na atual situação em que a guerra pode começar a qualquer momento, não há necessidade de manter as comunicações militares norte-sul", disse um oficial citado pela agência de notícias oficial norte-coreana KCNA. "A partir de agora, as comunicações militares Norte-Sul serão cortadas", acrescentou.

A Coreia do Norte tinha, há algumas semanas, cortado a linha direta com a Cruz Vermelha, usada por ambos os governos para se comunicar na ausência de relações diplomáticas.

O corte da linha é a mais recente ameaça e provocação vinda da Coreia do Norte, insatisfeita com as manobras militares conjuntas dos EUA e da Coreia do Sul nas águas da península e com as mais recentes sanções do Conselho de Segurança da ONU.

AS/ap/lusa/dpa