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Túnel sob os Alpes

15 de outubro de 2010

Com 57 quilômetros de extensão, obra pretende levar o tráfego das ruas para a ferrovia, diminuindo a poluição causada pelos caminhões pesados.

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Trabalhadores comemoram ao ver a perfuratrizFoto: AP

Depois de 25 anos do início de seu planejamento, o túnel no maciço ao pé da montanha St. Gotthard teve seu último trecho perfurado nesta sexta-feira (15/10). Com previsão para ser inaugurada em 2017, a passagem localizada sob dois mil metros de montanhas dos Alpes suíços servirá como um meio de transporte ferroviário para passageiros e cargas.

Hauptdurchschlag am Gotthard
Trecho entre Faido e SedrunFoto: AlpTransit Gotthard AG

Com o trecho concluído nesta sexta-feira, o Gotthard teve completados seus 57 quilômetros de extensão, tornando-se o túnel mais extenso do mundo. Até então, o título era ostentado pela construção japonesa de 53,8 quilômetros entre as ilhas de Honshu e Hokkaido.

Desde seu início, em 1999, as obras da atual perfuração custaram a vida de oito trabalhadores. O primeiro túnel ferroviário no Gotthard havia sido aberto em 1882. Em 1980, foi inaugurada também uma rodovia para veículos.

Passageiros ganharão uma hora

Quando ele estiver pronto, até 300 trens por dia poderão percorrer as câmaras de ida e volta do túnel, a uma velocidade de 250 quilômetros por hora, encurtando em uma hora o caminho entre Zurique e Milão.

Hauptdurchschlag am Gotthard
Obra deverá diminuir tráfego de caminhões através dos AlpesFoto: AlpTransit Gotthard AG

Acima de tudo, as rotas de transportes entre Alemanha e Itália serão aliviadas: uma solução que, esperam os suíços, terá impactos positivos no meio ambiente. Os custos da obra são estimados em 14,2 bilhões de euros.

O túnel deverá desafogar o trânsito de caminhões pesados, que estariam destruindo a paisagem dos Alpes. "O calor e a fumaça dos caminhões que viajam pela estrada sobre o Gotthard há anos vem prejudicando as plantas, que são mais sensíveis nestas altitudes", afirma Thomas Bolli, do Grupo Ambiental Alpen Initiative.


MDA/dpa/afp
Revisão: Roselaine Wandscheer