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Companhias aéreas revogam regra de duas pessoas na cabine

28 de abril de 2017

Dois anos depois da tragédia com o avião da Germanwings, Federação da Indústria de Aviação Alemã avalia que medida não traz benefícios à segurança. Piloto poderá ficar sozinho em cabine novamente a partir de junho.

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Piloto poderá ficar sozinho em cabine a partir de junhoFoto: colourbox.de

Desde a tragédia da Germanwings, há dois anos, tornou-se obrigatório para as companhias aéreas alemães ter sempre duas pessoas na cabine de um avião comercial. Esta regra foi revogada nesta sexta-feira (28/04), informou a agência de notícias alemã dpa. A decisão foi justificada pela constatação de que tal medida não é capaz de aumentar a segurança.

De acordo com a nova determinação, o piloto poderá ficar sozinho na cabine novamente a partir de 1º de junho. "A avaliação mostrou que a regra de duas pessoas não traz nenhum benefício à segurança", justificou a Federação da Indústria de Aviação Alemã (BDL) em Berlim.

A organização chamou atenção ainda para o fato de que a regra aumenta a frequência com que a porta da cabine é aberta, o que elevaria o risco da entrada de pessoal não autorizado. Sindicatos de pilotos e comissários de bordo já haviam se mostrado céticos quando aos benefícios da medida.

As companhias aéreas, no entanto, asseguram que os médicos passarão a ser mais cautelosos nos exames psicológicos e psiquiátricos dos pilotos e copilotos. Também foram prometidos empregos estáveis, acesso ao seguro invalidez, programas de aconselhamento psicológico e um apoio de pessoal mais intensivo.

As investigações sobre a tragédia com o avião da Germanwings, em março de 2015, concluíram que o copiloto Andreas Lubitz, então com 27 anos, sofria de depressão. Ele teria aproveitado a ausência momentânea do piloto para bloquear a porta de acesso à cabine e deliberadamente derrubar a aeronave contra os alpes franceses. Todas as 150 pessoas a bordo morreram.

IP/dpa/ots