Combate à pobreza
5 de agosto de 2003"Se não tirássemos as 143 crianças da rua ou se nosso centro fosse fechado, elas certamente começariam brevemente a assaltar na região. Agora eles ainda têm cinco anos em média, mas com dez já estariam indo roubar a minha casa ou a de meus colegas. Com o projeto, contribuímos para que a situação melhore a longo prazo", acredita Sérgio Clemente, diretor do Centro Social Madre Teresa, em Belford Roxo.
Sopa para crianças carentes
O centro oferece diariamente às 143 crianças uma sopa, que chega ao local em pequenos sacos plásticos ou em pó. Para cada dia da semana, há um sabor: frango, legumes, caldo de galinha, feijão ou ervilhas. Cozida com a adição de alguns ingredientes frescos, a sopa, segundo os organizadores do centro, se transforma em uma refeição nutritiva - e na maioria dos casos a única do dia - para as crianças.
Muitas das crianças que freqüentam o Centro Madre Teresa não foram admitidas nas escolas públicas da região e, sem a assistência do Centro, estariam provavelmente nas ruas pedindo esmola. "Várias delas estariam certamente envolvidas com o tráfico de drogas, um dos problemas mais graves na Baixada Fluminense", observa Clemente.
Oficinas, jardinagem e computador
O Estado destina poucas verbas ao projeto, e quando isso acontece, o dinheiro chega muitas vezes com meses de atraso. O Centro Madre Teresa não é contudo a única instituição social que recebe apoio da Bayer no Brasil. O grupo químico destina recursos a 46 centros sociais, creches e escolas em Belford Roxo. No total, são distribuídas diariamente 2400 refeições a crianças carentes da região.
A Bayer canaliza cerca de 500 mil dólares para projetos sociais em todo o Brasil. Um dos principais destinos das verbas é a Baixada Fluminense, um bolsão de pobreza onde está localizada uma fábrica do grupo. Além dos projetos de distribuição de sopa para crianças carentes, a Bayer oferece a diversas associações comunitárias apoio na criação de oficinas, jardins de escolas ou espaços destinados ao aprendizado do uso do computador.
O engajamento social traz contudo uma série de vantagens para o grupo. "Nossa participação nos projetos nos ajudou a ter um bom contato com a população local. Isso nos ajuda até hoje a mostrar a responsabilidade social da Bayer. Somos relativamente conhecidos por isso aqui na Baixada Fluminense e até em São Paulo ou no sul do país muitas pessoas nos conhecem em função dos projetos", diz Eckhard-Michael Pohl, porta-voz da Bayer no Brasil.