Colônia recebe Brasil em 2006
2 de fevereiro de 2005O Brasil esteve presente em todas as Copas do Mundo e sua presença nunca passou despercebida. No ano que vem não será diferente, e a Alemanha prepara-se para receber o atual campeão em grande estilo. Conforme divulgado em fins de janeiro, a cidade de Colônia está se preparando para servir de base para os torcedores brasileiros.
A maior cidade do Estado da Renânia do Norte-Vestfália e quarta maior do país já começa a planejar a construção de uma verdadeira colônia brasileira, com uma infra-estrutura para que artistas e empresários mostrem um pouco da cultura latina, através de apresentações, eventos, música e produtos nacionais.
Uma delegação brasileira esteve na cidade para apresentar e discutir os projetos para 2006. À frente da equipe estava Wagner Abrahão, presidente da Planeta Brasil, agência oficial encarregada do planejamento e organização da vinda dos torcedores ao país durante o evento.
Sentindo-se em casa
Entre os planos, confirmados parcialmente, está a construção de uma vila brasileira, que servirá como quartel-general para os sul-americanos. "A idéia é que os turistas se acomodem em Colônia e a partir de lá sigam para assistir aos jogos nas outras cidades alemãs", afirmou à DW-WORLD Olaf Pohl, assessor de imprensa da KölnTourismus, empresa oficial de turismo da cidade.
Abrahão foi recebido em Colônia pelo prefeito, Fritz Schramma, que elogiou a decisão dos brasileiros, e pelo presidente da KölnTourismus, Josef Sommer. Segundo Schramma, há muita coisa em comum entre os colonianos e os brasileiros, pois a mentalidade regional é muito próxima à sul-americana.
O gosto pelo carnaval é uma das provas disso, já que a festa popular da cidade é uma das mais conhecidas da Europa. Abrahão, por sua vez, admitiu estar muito satisfeito com a recepção calorosa que recebeu, afirmando ainda acreditar que os torcedores se sentirão "muito à vontade" na cidade. O presidente da agência brasileira considerou Colônia uma "segunda pátria" para os brasileiros.
Lugares marcados
Até agora já foram feitas reservas para até dois mil torcedores, em hotéis de três e quatro estrelas, totalizando 30 mil pernoites. Olaf Pohl afirmou, entretanto, que a KölnTourismus espera por um número maior de turistas, já que ainda há muito tempo pela frente.
A empresa vem preparando-se desde dezembro do ano passado, quando iniciou as assinaturas de contratos com a 2006 Fifa World Cup Travel & Event Services, em São Paulo, num encontro com outros 200 empresários parceiros da Planeta Brasil. Foi uma oportunidade para apresentar a cidade aos organizadores de turismo alemães.
O presidente da empresa alemã, Josef Sommer, reafirmou durante o encontro na prefeitura todas as vantagens de se fazer de Colônia o quartel-general do Brasil na Copa. Ele acredita que será possível criar-se uma atmosfera latino-americana em toda cidade, uma vez que "não se pode fechar somente uma pequena área, durante quatro semanas, com o ritmo do samba", assim Sommer.
Infra-estrutura
A KölnTourismus afirma que Colônia possui duas principais vantagens, que fazem a diferença na escolha: o fácil acesso às cidades dos jogos da Copa e a excelente oferta de hotéis. Segundo Pohl, outra meta que a empresa possui nos próximos meses é convencer a CBF a trazer a Seleção Brasileira para ficar sediada na mesma cidade.
"Temos a chance de mostrar as vantagens em junho deste ano, quando a Seleção vem para Colônia por conta da Copa das Confederações, entre 15 e 22 de junho", afirma o assessor. "A impressão que os próprios jogadores terão na cidade, aliada à presença maciça da torcida, pode aumentar as chances de servirmos de sede também para a Seleção Brasileira", disse ele à DW-WORLD.
O local para a instalação da vila brasileira ainda não foi definido, mas acredita-se que será à margem direita do rio, lado oposto ao centro da cidade. Algumas empresas já confirmaram participação no empreendimento. Pelé também disse que estaria presente, mas ainda não há confirmação definitiva. A AmBev fornecerá cervejas nacionais em território alemão. "Em Colônia não se tomará somente Kölsch", afirmou Abrahão, sendo rebatido por Schramma: "Isto é o que vamos ver".