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Colinas de Golã são disputadas por Síria e Israel

Anne Allmeling (pr)29 de agosto de 2014

Região é ocupada por Israel desde a Guerra dos Seis Dias, em 1967, mas comunidade internacional rejeita ocupação e reconhece o território como pertencente à Síria.

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Um capacete azul vigia as Colinas de Golã, território sob disputa desde 1967Foto: Reuters

As Colinas de Golã são uma faixa de terra pouco povoada e montanhosa no sudoeste da Síria, controlada em sua quase totalidade por Israel desde a Guerra dos Seis dias, em 1967.

O governo israelense afirma manter o controle sobre o território, internacionalmente reconhecido como sendo sírio, por motivos estratégicos militares. No passado, os sírios usaram as colinas como base militar para bombardear comunidades no Estado judeu.

Após a ocupação, os israelenses expulsaram a maioria dos residentes árabes, mas permitiram que os drusos continuassem no local, além de oferecer a eles a cidadania do país. Mas poucos a requereram.

O Conselho de Segurança da ONU exigiu a retirada de Israel das Colinas de Golã ainda em novembro de 1967. Mas a resolução não foi implementada. Durante a Guerra do Yom Kippur, em 1973, a Síria reconquistou parcialmente o território, mas o perdeu novamente ao longo do conflito.

Um ano mais tarde, os dois países assinaram um armistício, cujo cumprimento é monitorado por forças de paz das Nações Unidas. Cerca de 1.250 soldados da Índia, das Filipinas, das Irlanda, da Holanda, do Nepal e de Fiji estão estacionados nas Colinas de Golã. Eles também controlam a chamada zona tampão, região criada para separar a parte das colinas anexada por Israel e restante do território sírio.

As Forças das Nações Unidas de Observação da Separação (Undof), como são chamadas, são uma das mais longas missões em atividade das Nações Unidas. A faixa de terra onde elas operam é considerada um caso particularmente frágil.

Além disso, no lado sírio das Colinas de Golã, há confrontos frequentes entre as forças do presidente Bashar al-Assad e grupos rebeldes desde o início da guerra civil no país, em 2011. Em 2013, insurgentes sírios já haviam sequestrado soldados filipinos da Undof, mas eles foram libertados após alguns dias.