"China pode resolver problema da Coreia do Norte", diz Trump
9 de novembro de 2017O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, afirmou nesta quinta-feira (09/11), em visita a Pequim, que a China poderia solucionar "fácil e rapidamente" o problema da Coreia do Norte, em referência ao programa nuclear do país.
Em visita marcada pelo tom amigável, Trump teceu elogios a seu homólogo chinês, Xi Jinping, ao pedir maior empenho ao lidar com a questão nuclear de Pyongyang.
"Uma coisa eu sei sobre o presidente [chinês]: quando trabalha em algo intensamente, consegue o que quer, não tenho dúvidas", disse o americano em reunião com executivos de grandes empresas chinesas.
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O americano insistiu que todos os países devem se unir para evitar que o regime "assassino" do líder norte-coreano, Kim Jong-un, "ameace o mundo com as suas armas nucleares". Ele fez um apelo à Rússia para que ajude a controlar a situação, que, segundo afirmou, pode ser "potencialmente muito trágica".
Trump disse que ele e Xi concordaram em "não repetir métodos que fracassaram no passado" ao lidar com o programa nuclear norte-coreano. Ambos também reforçaram a necessidade de implementar as resoluções do Conselho de Segurança da ONU e se comprometeram a "aumentar a pressão econômica até que a Coreia do Norte abandone esse caminho imprudente e perigoso".
Xi assegurou que Pequim e Washington devem buscar uma solução através do "diálogo pacífico", visando alcançar a "estabilidade no longo prazo" na Península da Coreia.
O líder chinês disse ao americano que a cooperação entre os dois países é "o único caminho correto" e que, com Trump, as relações bilaterais atingiram "um novo e histórico início".
"Acreditamos que as relações sino-americanas sejam uma questão de bem-estar para os povos dos dois países, assim como de paz, prosperidade e estabilidade no mundo", afirmou Xi.
"Meus sentimentos em relação a você são bastante calorosos", disse Trump ao homólogo chinês. "Temos uma química ótima, acho que vamos fazer coisas espetaculares pela China e pelos EUA", afirmou, ressaltando que a recepção que teve em Pequim foi "inesquecível".
A China assinou acordos de negócios com empresas americanas no valor de mais de 250 bilhões de dólares, que incluem a importação de chips, aviões, componentes para automóveis e soja dos EUA.
Os dois países concordaram em cooperar em projetos de exploração de gás natural no Alasca, avaliado em 43 bilhões de dólares, e de gás de xisto, com valor estimado em 83,7 bilhões de dólares.
RC/lusa/ap/dpa
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