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China pede prudência diante de tensões na Coreia do Norte

24 de abril de 2017

Pequim aconselha Donald Trump a mostrar moderação ao lidar com Pyongyang. Comunidade internacional teme novo teste nuclear em comemoração aos 85 anos de fundação do Exército norte-coreano.

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Pyongyang considera envio de navio militar dos EUA uma provocação e adverte para o início de uma "guerra termonuclear"Foto: Reuters/KCNA

O presidente da China, Xi Jinping, e o primeiro-ministro do Japão, Shinzo Abe, conversaram por telefone com o presidente dos EUA, Donald Trump, nesta segunda-feira (24/04), em meio a preocupações de que Pyongyang possa realizar um novo teste nuclear nesta semana, desafiando as sanções da ONU.

De acordo com uma declaração do Ministério das Relações Exteriores da China, Xi disse a Trump que Pequim se opõe a qualquer ação que vá contra as resoluções do Conselho de Segurança da ONU. "A China espera que todas as partes relevantes exerçam prudência e evitem fazer qualquer coisa para piorar a tensa situação na península", diz o comunicado.

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Segundo a agência oficial Xinhua, os líderes concordaram em manter abertos os canais de contato para tratar de questões que preocupem as duas potências.

Apesar de condenar a beligerância da Coreia do Norte, a China continua sendo o único aliado e provedor financeiro do isolado país comunista e teme o que pode acontecer se o vizinho entrar em colapso ou numa guerra.

EUA e Japão concordam em estreitar cooperação

Pouco antes, Trump e o premiê japonês concordaram em manter uma estreita cooperação para lidar com a Coreia do Norte e permanecer em alerta. Os dois líderes, que conversaram ao telefone durante cerca de meia hora, mostraram-se "completamente de acordo" em estreitar a sua cooperação para "buscar o autocontrole da Coreia do Norte, que continua os seus perigosos atos de provocação", indicou Abe.

Um passeio por Pyongyang

O premiê japonês agradeceu ainda a disposição do governo americano em manter "todas as opções em cima da mesa" para lidar com Pyongyang.

O regime recluso da Coreia do Norte, liderado por Kim Jong-un, normalmente conduz seus testes de armas em dias que coincidem com datas de importância nacional. Na terça-feira, o país celebrará o 85º aniversário da fundação de seu Exército.

A conversa entre Trump e Abe ocorreu um dia depois de as Forças de Autodefesa do Japão terem iniciado manobras junto à frota do porta-aviões americano de propulsão nuclear Carl Vinson no Oceano Pacífico, antes de este seguir, nos próximos dias, para águas próximas da península coreana.

Pyongyang considerou a decisão americana de enviar a embarcação militar ao Mar do Japão uma provocação bélica e advertiu para o início de uma "guerra termonuclear", caso Washington continue com manobras.  As tensões na Península da Coreia aumentaram ainda mais quando Pyongyang reportou ter detido um cidadão americano que estava deixando a Coreia do Norte na sexta-feira.

PV/efe/lusa/dpa/rtr/ap