China localiza possíveis destroços do Boeing 777 da Malaysia Airlines
22 de março de 2014O ministro malaio dos Transportes, Hishammuddin Hussein, afirmou neste sábado (22/03) que satélites chineses localizaram objetos flutuando no Oceano Índico que podem estar relacionados com o Boeing 777-200 da Malaysia Airlines, desaparecido há duas semanas. Pequim enviou navios para a área e deverá se pronunciar nas próximas horas sobre as buscas.
O objeto descoberto pela China, de 22 metros de comprimento e 13 metros de largura, estaria a cerca de 120 quilômetros ao sul de onde a Austrália divulgou na última quinta-feira ter achado dois objetos "possivelmente ligados" ao desaparecimento da aeronave. Este local fica a 2.500 quilômetros a sudoeste da costa da cidade australiana de Perth.
"A notícia que tenho é que o embaixador da China recebeu a imagem de satélite de objetos flutuantes no corredor sul e que estão enviando navios para verificar", afirmou aos jornalistas Hussein.
As autoridades australianas retomaram neste sábado as operações de busca no Oceano Índico, na região onde satélites haviam localizado possíveis vestígios da aeronave. Após o envio de navios, na sexta-feira o vice-primeiro-ministro da Austrália, Warren Truss, afirmou que os objetos avistados já teriam afundado.
Para continuar as buscas, o país mobilizou dois navios mercantes e uma fragata. A autoridade de segurança marinha afirmou, ainda, que a área de monitoramento foi expandida de 23 mil para 36 mil metros quadrados. China, Japão e Reino Unido também se uniram aos trabalhos de busca realizados por Austrália, EUA e Nova Zelândia.
Os investigadores que examinaram o simulador de vôo encontrado na casa do piloto da Malaysia Airlines afirmaram neste sábado não ter achado nenhuma pista suspeita. Desde que se soube da mudança de rota da aeronave e da interrupção dos sistemas de comunicação, o comandante Zaharie Ahmad Shah e o copiloto Fariq Ab Hamid tornaram-se suspeitos de um possível sequestro do avião.
O voo MH370 da Malaysia Airlines partiu de Kuala Lumpur na madrugada de 8 de março, com previsão de chegar a Pequim em seis horas, mas desapareceu dos radares aproximadamente uma hora após a decolagem. Das 239 pessoas a bordo, cerca de dois terços são chineses.
FC/dpa/rtr/lusa