China e Austrália tentam confirmar se sinal captado é de avião desaparecido
6 de abril de 2014Embarcações da China e da Austrália que participam das buscas ao Boeing 777-200 da Malaysia Airlines, desaparecido no dia 8 de março, captaram sinais acústicos em diferentes partes do Oceano Índico e tentam confirmar neste domingo (06/04) se os indícios são provenientes das caixas-pretas da aeronave.
Um navio chinês detectou no sábado sinais no sul do Oceano Índico, a oeste da costa da cidade australiana de Perth, que poderiam ser das caixas-pretas do avião. O indício detectado pela embarcação Haixun 01, de 37,5 kHz por segundo, é a freqüência padrão emitida pelas caixas-pretas dos aviões comerciais.
O navio australiano HMAS Ocean Shild, no entanto, captou um sinal a 300 milhas náuticas do local onde a embarcação chinesa rastreou indícios da localização das caixas-pretas. O navio da marinha britânica HMS Echo, que deverá chegar ao local de buscas nas primeiras horas desta segunda-feira, e aeronaves foram enviados para auxiliar nas buscas.
O primeiro-ministro australiano, Tony Abbott, que se encontra em visita oficial ao Japão, demonstrou satisfação com as notícias relativas aos indícios rastreados no sul do Oceano Índico, mas pediu cautela, já que ainda não existe uma confirmação de que os sinais são provenientes das caixas-pretas.
"Esta é a busca mais difícil na história da humanidade. Estamos à procura de um avião que se encontra no fundo de um oceano muito profundo e numa zona de busca muito ampla", afirmou o premiê a jornalistas em Tóquio. "Precisamos ter muito cuidado para não tirar conclusões precipitadas."
Cerca de 12 aviões militares e civis, além de 13 navios, percorrem as remotas águas do Oceano Índico. As buscas se concentram numa área de cerca de 216 mil quilômetros quadrados a aproximadamente 2 mil quilômetros a noroeste da costa da cidade de Perth.
A frota internacional que procura os destroços do Boeing 777-200 da Malaysia Airlines começou na sexta-feira (04/04) as buscas submarinas na tentativa de encontrar as caixas-pretas da aeronave. A corrida é contra o tempo, já que as baterias dos aparelhos costumam se esgotar e deixar de emitir sinais depois de trinta dias.
As buscas se concentram num corredor de 240 quilômetros quadrados a noroeste de Perth. O voo MH370 da Malaysia Airlines partiu de Kuala Lumpur, com previsão de chegar a Pequim em seis horas, mas desapareceu dos radares aproximadamente uma hora após a decolagem. Das 239 pessoas a bordo, cerca de dois terços são chineses.
FC/rtr/dpa/lusa/ap