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Centenas fogem em Aleppo de enclave rebelde sitiado

27 de novembro de 2016

Bombardeios e emergência humanitária forçam 400 civis a deixarem zona leste da cidade síria. Mais de 200 morreram na área, nos últimos dias. Falta de mantimentos se agrava.

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Sírio come mantimentos fornecidos por ajuda humanitária em Aleppo
Sírios em Aleppo dependem de ajuda humanitáriaFoto: REUTERS/A. Ismail

O Observatório Sírio de Direitos Humanos informou neste domingo (27/11) que nos últimos dias cerca de 400 civis abandonaram a sitiada zona leste da cidade de Aleppo, fugindo para regiões sob controle das forças de Damasco.

Desde o recomeço dos bombardeios na área, 12 dias atrás, morreram no setor leste pelo menos 201 civis, entre os quais 27 crianças. As mortes de rebeldes são computadas em 134 pelo serviço de informações sobre a Síria, sediado em Londres.

No sábado, o Exército sírio comunicou ter capturado o bairro residencial de Hanano e que engenheiros estariam retirando armadilhas explosivas improvisadas. A mídia pró-governo divulgou um mapa mostrando devastadas ruas capturadas; segundo um líder rebelde consultado pela agência de notícias Reuters, a representação é basicamente acurada.

Hanano foi a primeira área no leste de Aleppo tomada em 2012 pelos grupos armados inimigos do regime do presidente Bashar al-Assad. Sua captura total pelas forças governamentais, após o reinício dos ataques aéreos russos, na terça-feira, dividiria o antigo reduto rebelde entre Assad e seus opositores.

Calamidade humanitária, armas químicas

A Organização das Nações Unidas tem alertado repetidamente para o estado de calamidade das pelo menos 250 mil pessoas encurraladas no cerco pelas tropas de Damasco.

A ONG Médicos Sem Fronteiras registrou que os bombardeios pelo regime e seus aliados deixaram desativadas oito das nove clínicas do leste de Aleppo. Também a Cruz Vermelha Internacional chama a atenção para o esgotamento dos estoques de alimentos.

O Exército turco alegou neste domingo que militantes do grupo jihadista "Estado Islâmico" (EI) dispararam armas químicas contra rebeldes apoiados pela Turquia no norte de Aleppo, causando-lhes afecções nos olhos e pelo corpo. Anteriormente, investigadores da ONU haviam acusado o EI de usar gás de mostarda em pelo menos uma ofensiva.

AV/afp,rtr,dpa