Castelos na Baviera oferecem pernoite aos turistas
20 de setembro de 2012Quando a noite cai no castelo Burgellern, próximo à cidade de Bamberg, muitos visitantes vão dormir. Alguns, literalmente, no próprio grande salão do castelo, cujas janelas dão vista para faias de 40 metros de altura; ou num dos outros quartos, onde o hóspede sonha entre antigas paredes de pedra e móveis centenários.
Na região da Francônia, na Baviera, há muitos desses prédios históricos que, além do passeio turístico, oferecem a possibilidade de pernoite no local. Além da rica história, eles atraem com acomodações exclusivas e instalações incomuns. Internet sem fio e salão dos cavaleiros, sauna e porão abobadado já não são mais contradições em tais construções.
Na antiga sala de parto, hoje se descansa
Assim é no castelo Burgellern. Ali, o rei bávaro Ludwig 2°, quando criança, brincava sob as castanheiras. A magnífica residência campestre foi transformada mais tarde em anexo da maternidade de Bamberg. Depois disso, o castelo mudou várias vezes de proprietário, até estar prestes a desabar em 1994. Somente após a família Kastner ter adquirido o castelo em 2005, reformando-o por completo, ele voltou ao seu antigo esplendor.
Hoje, o prédio abriga um hotel, restaurante, salão de banquetes, espaços para reuniões e bar ao ar livre. "Muitas pessoas das redondezas vêm aqui porque nasceram aqui", disse o proprietário do castelo, Joachim Kastner, guiando o visitante através dos diversos cômodos.
Os retratos de antigos proprietários ilustres, que viajaram para o Oriente e empreenderam expedições extraordinárias, estão pendurados nas paredes de pedra. Sempre que possível, os novos proprietários deixam à mostra os resquícios do passado: pinturas de teto e de parede do século 19, uma escadaria magnífica de madeira, pisos originais feitos de carvalho e nogueira com desenhos de losango – um padrão típico da época barroca.
Visitas guiadas ao castelo
Cerca de 30 quilômetros a sudeste, o castelo Unteraufsess repousa pitorescamente sobre um penhasco da era jurássica. Ele ainda é propriedade da antiga família de cavaleiros imperiais dos Aufsess. Já há alguns anos, turistas podem pernoitar no local. "Nós não temos um hotel, mas abrimos as portas do castelo, em primeira linha, para casamentos e outras festas familiares", disse a baronesa Judith von Aufsess, que, com seu esposo, o barão Eckart von Aufsess, vive atualmente fora da propriedade senhorial.
O castelo ganhou sua atual aparência e seu nome em fins do século 17. Oficialmente, sua existência é mencionada pela primeira vez no século 12, mas ao longo da história o castelo sempre foi palco de confrontos militares, nos quais o prédio foi repetidamente destruído e reconstruído. Qualquer pessoa interessada na história do edifício pode contratar uma visita guiada especial. Para crianças, há um passeio guiado sobre a vida no castelo medieval.
Perto de Würzburg está o castelo Steinburg
A cerca de uma hora e meia de carro em direção oeste, encontra-se o hotel Castelo Steinburg. Como a hospedaria de maior altitude em Würzburg, ele se encontra literalmente colado à Würzburger Stein ou Pedra de Würzburg – um dos melhores vinhedos do país.
O prédio em si não é realmente antigo, ele foi construído sobre as ruínas de um castelo do século 13. Desde o início, ele foi concebido como restaurante. Em 1897, foi erguida a parte mais antiga, em estilo Tudor, como local de excursão. Em 1937, a família Bezold comprou a propriedade. Os Bezold reformaram, modernizaram e ampliaram o prédio, administrando-o hoje já na terceira geração.
Distribuídos ao longo de vários prédios interligados, encontram-se diversos cômodos mobiliados: desde antigas camas com dossel, passando por escuros nichos para camas de solteiro até quartos espaçosos com sofás-camas para várias pessoas. Salão dos cavaleiros, abóbadas e quartos com lareira contribuem para a atmosfera especial.
O número de tais castelos e palácios na região é grande. Muitos deles foram abertos à visitação pública somente poucos anos atrás. Não importa para onde olhe, o visitante tem muito que ver – pena que esses lugares sejam usados somente para dormir.
Autora: Claudia Schuh (ca)
Revisão: Roselaine Wandscheer