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Capela Sistina é joia do Renascimento

12 de março de 2013

Uma das atrações mais conhecidos do Vaticano, a capela renascentista famosa pelos afrescos de Michelangelo será mais uma vez o local da escolha do Papa.

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Foto: Valery Hache/AFP/Getty Images

A Capela Sistina faz parte do Palácio Apostólico, complexo de construções localizado ao lado da Basílica de São Pedro e que é a residência oficial do Papa.

Construída entre 1473 e 1481 e inaugurada em 1483, a capela deve seu nome ao seu idealizador, o papa Sisto 4º (1471-1484), que desejava um local mais amplo para as reuniões da sua corte.

A capela é tradicionalmente o local onde ocorre a eleição do Papa, e a partir desta terça-feira (12/03) receberá os 115 cardeais que decidirão quem será o sucessor de Bento 16.

Localizada no lado leste da Basílica de São Pedro, a capela tem as mesmas dimensões do lendário templo do rei Salomão, com 40,93 metros de extensão, 13,41 metros de largura e 20,7 metros de altura.

Ela é famosa pela sua arquitetura e decoração. As pinturas do teto e do altar ficaram a cargo do pintor, escultor e arquiteto Michelangelo Buonarrotti (1475-1564), o artista mais representativo do período renascentista.

Vatikan Sixtinische Kapelle
"A criação de Adão", por Michelangelo, no teto da Capela SistinaFoto: picture-alliance/David Ebener

De 1508 a 1512, ele pintou um gigantesco afresco no teto abobadado da capela, de 800 metros quadrados. O motivo central da obra, intitulada A criação de Adão, é a história da criação do ser humano por Deus, segundo o livro de Genesis.

Na parede do altar, Michelangelo criou, de 1534 a 1541, o impressionante afresco O juízo final. Pintores como Sandro Botticelli, Rafael, Cosimo Rosselli e Pietro Perugino decoraram as paredes da capela com cenas do Novo e do Velho Testamento.

Um enorme trabalho de restauração foi realizado de 1980 a 1994 para, entre outros cuidados, limpar a fuligem deixada pelas velas nos afrescos. Agora, as cores das pinturas estão de volta à sua intensidade original.

O conclave

Os cardeais se reunirão em mesas em formato de U a partir da parede do altar. Na parte frontal será colocada a urna para a votação, e na saída à esquerda estará o forno onde os votos serão queimados.

Do lado de fora, uma fumaça branca ou preta indicará se os cardeais chegaram ou não a uma decisão sobre o futuro pontífice. Uma vez que a escolha tenha sido feita, o novo Papa será levado à chamada Sala das Lágrimas, onde ele poderá dar vazão a seus sentimentos pela última vez na condição de cardeal.

RC/dpa/afp